Busca
Facebook Aventuras na HistóriaTwitter Aventuras na HistóriaInstagram Aventuras na HistóriaYoutube Aventuras na HistóriaTiktok Aventuras na HistóriaSpotify Aventuras na História
Desventuras / Paleontologia

O que explica os crânios alongados já identificados por pesquisadores?

O professor de história Vitor Soares, apresentador do podcast Desventuras na História, discute a origem do formato curioso

Wallacy Ferrari
por Wallacy Ferrari
[email protected]

Publicado em 05/03/2023, às 19h00 - Atualizado em 07/06/2023, às 16h14

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Crânio peruano doado para o Museu de Osteologia, nos Estados Unidos - Divulgação / Museu de Osteologia
Crânio peruano doado para o Museu de Osteologia, nos Estados Unidos - Divulgação / Museu de Osteologia

A arqueologia, somada aos estudos paleontológicos, contribui para a compreensão do passado não apenas da natureza, mas especificamente sobre o modo de vida dos seres humanos e seus antepassados, revelando como sobreviviam em épocas remotas da história da humanidade e possibilitando conclusões científicas muito antes da concepção deste termo.

Entretanto, em 1925, um curioso achado chamou atenção de pesquisadores do mundo inteiro ao apresentar uma característica nunca vista nos seres humanos modernos, adicionando mais mistério sobre nossas origens e variações de nossa espécie antes de obtermos nossa forma final.

Naquele mesmo ano, o arqueólogo Julio César Tello, considerado o pai da arqueologia peruana, se consagrava ao encontrar múmias humanas em meio ao deserto de Paracas, uma região portuária no sudoeste do Peru. Contudo, surpreendeu o mundo ao mostrar o formato delas; seus crânios eram curiosamente alongados, como explicou o professor de história Vitor Soares.

Acumulando mais de 125 mil seguidores em suas redes sociais ao contar capítulos curiosos da história da humanidade, o professor Vitor apresenta o podcast Desventuras na História, promovido pelo portal Aventuras na História, disponível nas principais plataformas de streaming de áudio.

Dezenas dessas múmias [encontradas pelo arqueólogo] possuíam um alongamento no seu crânio - o que gerou muitas dúvidas para os pesquisadores", apontou Vitor.

Motivo do alongamento

Segundo com o professor, não se tratava de uma formação óssea específica, mas os próprios nativos da região desenvolveram uma técnica específica para conseguir os crânios alongados.

O trabalho de desenvolvimento craniano iniciava ainda com os recém-nascidos, devido ao fato de que, no início da vida, os crânios de bebês ainda não possuem a rigidez do desenvolvimento completo, como de adultos.

Vitor ainda acrescenta informações e ilustrações, em vídeo publicado no seu perfil do TikTok, sobre a técnica em que as crianças eram dispostas, ainda nos primeiros anos de vida: "A cabeça da criança era pressionada com placas de madeira e, depois, amarradas com tecido".

Segundo ele, os historiadores ainda atribuem o tempo em que os pequenos ficavam com o aparato de pressão na cabeça; em média, a formação alongada tomava forma com as amarras instaladas até os 2 anos de idade, acrescentando haver indícios de que apenas as crianças nobres tinham acesso ao método, de maneira a distingui-las dos cidadãos comuns.

Eles acham isso porque as tumbas que foram encontradas com esse crânio, mais alongado, tinham um enterro bem mais complexo", explica Soares sobre a relação com a nobreza.

Confira o vídeo!