Em documento publicado na Science, os estudiosos afirmam que “as teorias de liberação acidental de um laboratório e de 'spillover' zoonótico permanecem viáveis”
Em uma carta pública, divulgada na revista Science, 18 cientistas dos Estados Unidos, Canadá e Reino Unido exigem mais investigações para definir a origem do coronavírus, que já matou mais de 3 milhões de pessoas ao redor do mundo.
Conforme repercutiu o jornal O Globo, os pesquisadores afirmam que após mais de um ano de pandemia, ainda não há evidências suficientes para concluir como a Covid-19 se originou.
Embora as autoridades americanas tenham realizado estudos para entender melhor onde o coronavírus teve início, os cientistas querem mais investigações. Mesmo que a carta apenas defenda que o vírus seja mais explorado, uma polêmica foi reascendida, com a hipótese descartada de que a doença tenha vazado de um laboratório da china.
“A carta sugere falsa equivalência entre a fuga do laboratório e os cenários de origem natural”, disse o virologista do Instituto de Pesquisa Scripps, Kristian Andersen, que estudou se a Covid-19 era fruto de experiências laboratoriais. “A hipótese de vazamento de laboratório permanece baseada na especulação”.
Por outro lado, Jesse Bloom, pesquisador do centro Fred Hutch, de Seattle, afirma que “não é possível fazer declarações com alto grau de certeza sobre isso com as evidências disponíveis”. O estudioso foi um dos que assinaram a carta pública.
Ainda que a teoria tenha sido descartada pela OMS, muitas fake News ainda disseminam a informação. Para os especialistas citados no registro recente, “as teorias de liberação acidental de um laboratório e de 'spillover' zoonótico permanecem viáveis”.