Os indígenas locais de Nova York eram muito mais independentes do que se pensava
O Museu do Estado de Nova York e a Universidade Cornell (Ithaca, NY), revelaram através de um estudo em conjunto, a cronologia histórica sobre a ocupação de nativos americanos no norte do estado de Nova York, que era pouco conhecida até então.
Isso se deu graças ao método de datação por radiocarbono em materiais da época. Esse recurso utiliza um radioisótopo, que consegue determinar a idade de materiais carbonáceos que tenham até 60 mil anos. O estudo era focado em entender o modo como os norte-americanos viviam, antes e depois da chegada dos europeus em regiões como a do vale de Mohawk.
A intervenção europeia precoce começou a acontecer entre os vales dos rios Mohawk e Hudson a partir dos séculos 16 e 17. O que fez com que a Europa enriquecesse muito na época, através de comércio e migração. Mas, isso também trouxe doenças e genocídios aos povos indígenas que já estavam no local.
Uma nova história
Através dessa pesquisa, foi possível entender que as tribos locais já estabelecidas antes da chegada dos europeus, agiam de maneira independente entre si, diferente do que era dito até então. Algumas delas tinham contato e faziam trocas com os europeus, mas, outras se viravam sozinhas e negavam a entrada dos imigrantes em seus lares.
Dentre os materiais analisados, pesquisadores se deparara com metais e vidro, mas surpreendentemente a datação por radiocarbono revelou o uso de muitas matérias orgânicas, como espigas de milho, usadas pelos índios para construírem seus assentamentos antes da chegada europeia em terras nova-iorquinas.
Sturt Manning, professor de arqueologia da Universidade de Cornell, que também é curador da pesquisa, acredita que a exploração esclarece a compreensão da história social, política e econômica da região do vale de Mohawk. Além de formar uma base mais ampla para a memória dos indígenas locais, que já existiam independentemente da visão eurocêntrica que perdurou por anos.