Site permite conhecer o significado dos nomes das ruas de São Paulo e a história por trás de endereços famosos; entenda como pesquisar
Quem nunca desceu a Ladeira Porto Geral, rumo a 25 de Março, e se questionou sobre as origens dos nomes dos logradouros? Outros destinos famosos de São Paulo, como a Rua Augusta e a Rua Oscar Freire, também são capazes de intrigar quem passeia pelas calçadas.
Para os mais curiosos, um site é capaz de responder essas dúvidas. O Dicionário de Ruas de São Paulo conta com um registro valioso sobre a cidade de São Paulo.
Organizado pelo Núcleo de Memória Urbana do Arquivo Histórico Municipal de SP, o site apresenta a origem dos nomes das cidades de São Paulo e conta com um rico acervo de imagens da metrópole.
Uma busca rápida responde à dúvida dos usuários. Na barra de pesquisa da página inicial, você deve digitar o nome da rua e descobrir o histórico. Ao digitar Ladeira Porto Geral, por exemplo, você vai ser agraciado com um texto que revela as origens do endereço.
O Dicionário de Ruas de São Paulo, por exemplo, mostra que a Ladeira Porto Geral era conhecida por diversos nomes.
"(...) Como era muito comum nos séculos XVII e XVIII, ela era ainda era conhecida por diversos nomes como "Beco do Barbas" (referência a um antigo barqueiro que residia nas imediações), "Beco da Barra" e "Beco do Quartim" (referência a Antonio Maria Quartim, proprietário de uma chácara na região)", explica o texto.
Outro exemplo fascinante que pode ser encontrado no banco de registros é a respeito da Rua Frei Caneca. O site conta a história do frei Joaquim do Amor Divino. Nascido em Recife, Pernambuco, ele foi orador, jornalista, político e até mesmo poeta.
Nome conhecido no movimento revolucionário de Pernambuco em 1817, ele acabou preso e enviado para a Bahia. De volta a Recife, teve envolvimento com a Revolução de 1824, que resultou em sua morte.
"Restituída a sua liberdade, regressou ao Recife e, envolvido na Revolução de 1824 como seu diretor, foi condenado à morte. Apesar da interferência com pedidos por parte de todo o cabido, a sentença executou-se em 13 de janeiro de 1825, sendo Frei Caneca fuzilado, por não haver quem se prestasse a ser carrasco para o enforcamento", explica o Dicionário de Ruas de São Paulo.