De acordo com um estudo, os antepassados dos Windsor vão muito além de apenas reis e rainhas
A família real britânica possui uma extensa linhagem, composta por séculos de história e antepassados que se tornaram importantes figuras para a história da Europa, como a rainha Vitória e o czar Nicolau II da Rússia.
No entanto, em 2018, o jornal de Marrocos Al Ousboue publicou um estudo baseado na árvore genealógica dos Windsor, e acabou revelando um possível ancestral que chocou o Reino Unido.
O historiador marroquino Abdelhamid Al-Aouni foi o responsável por analisar 43 gerações anteriores a Elizabeth II, onde chegou a conclusão de que a monarca seria descendente do Profeta Maomé, que viveu entre 571 a 632 d.C.
De acordo com sua pesquisa, a ligação entre a monarca e o Profeta acontece a partir da filha mais nova do criador do Islã, Fátima. Ao se casar com o primo do pai, Ali, a mulher teria sido responsável pela origem daquela que seria uma das maiores e mais reconhecidas linhagens islâmicas, denominada de sayyid, com seus milhões de descendentes espalhados por diversas partes do mundo.
A conexão se estreitaria ainda mais durante a Idade Média, com a princesa islâmica Zaida, que fazia parte dos sayyid. Quando adulta, ela teria fugido de sua casa em Sevilha, se convertido, mudado o nome para Isabel e casado com o rei Afonso VI. Depois, uma de suas descendentes se casou com o Conde de Cambridge, levando todos os genes do Profeta para a nobreza britânica.
Outro estudo
O estudo de Abdelhamid, no entanto, não foi o primeiro na história a ser publicado. Em 1986, a Burke’s Peerage, uma importante e renomada instituição da Grã-Bretanha responsável por analisar a genealogia da família real, também divulgou uma pesquisa no qual afirmava que os Windsor eram descendentes de Zaida.
Contudo, diversos historiadores passaram a questionar a hipótese já que também existiam outras teorias onde diziam que a princesa não seria uma sayyid de verdade, pois teria sido adotada e, consequentemente, não seria uma descendente direta de Maomé.
Na época em que o primeiro estudo foi publicado, o jornal britânico Daily Mail revelou que os representantes da Burke’s Peerage teriam enviado uma carta para a então primeira ministra Margaret Tatcher, onde expressavam receio com a possível reação do público.
A nota divulgada pelo jornal dizia “A ligação da família real com Maomé não pode ser tornada pública para proteger a família real de terroristas islâmicos. O povo britânico desconhece o facto de que o sangue de Maomé corre nas veias da rainha. Por outro lado, os principais líderes religiosos muçulmanos estão orgulhosos desta ligação”.
O Palácio de Buckingham, no entanto, nunca fez nenhum comentário sobre as pesquisas. Já Abdelhamid Al-Aouni, após divulgar seu estudo, disse que “Esta ligação permite construir uma ponte entre as nossas duas religiões e os nossos dois reinos“.
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