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Curiosidades / Coreia do Norte

Leis endurecidas: Para Kim Jong-un kpop seria um 'câncer vicioso'

New York Times informa que o líder da Coreia do Norte recentemente aumentou as punições para pessoas que forem pegas consumindo entretenimento sul-coreano

Giovanna Gomes, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 15/06/2021, às 13h59

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O líder norte-coreano Kim Jong-un - Getty Images
O líder norte-coreano Kim Jong-un - Getty Images

Nos últimos anos, a cultura sul-coreana tem sido grandemente popularizada ao redor do mundo, ganhando grande destaque com suas séries, filmes e grupos musicais. Cada vez mais, artistas de K-pop, como o fenômeno BTS, por exemplo, vêm ganhando espaço na mídia e arrastando jovens do mundo todo.

No entanto, um nome muito conhecido da política mundial teria se mostrado extremamente insatisfeito com essa onda de popularização do entretenimento sul-coreano: o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un.

Segundo informações do Consequence of Sound e The New York Times, repercutidas pela Rolling Stone Brasil, o ditador recentemente chegou a chamar o estilo K-pop, publicamente, de "câncer vicioso" e decidiu tornar ainda mais rigorosas as leis que proíbem a cultura do país vizinho em seu território.

O famoso grupo musical de K-pop BTS / Crédito: Getty Images

Caso se tratasse de uma questão apenas de gosto pessoal, não haveria qualquer problema. Porém, no pequeno país asiático, o acesso a culturas diferentes, o que inclui músicas estrangeiras e próprio estilo sul-coreano, não é permitido.

Na contramão do resto do mundo, que torna-se cada vez mais conectado, até mesmo o acesso à internet é proibido à população norte-coreana.

“Para Kim Jong-un, a invasão cultural da Coreia do Sul foi além de um nível tolerável”, explica Jiro Ishimaru, atual editor-chefe do Asia Press International, veículo japonês que monitora a nação de Kim. “Se isso não for verificado, ele teme que seu povo comece a considerar o Sul uma alternativa à Coreia para substituir o Norte".

Nada de Kpop?

Sendo o acesso à música estrangeira inteiramente proibido no país, cidadãos pegos consumindo arte internacional podem ser punidos, conforme as leis locais. E as penas não são nada brandas: até o final do ano passado, a sentença era de até cinco anos de trabalho forçado.

O ditador do país durante discurso / Crédito: Getty Images

Entretanto, segundo os veículos, Kim Jong-un decidiu aumentar, em dezembro de 2020, a punição para esses casos. Desde então, pessoas que flagradas assistindo entretenimento ou com qualquer produto sul-coreano, poderão ter de trabalhar forçadamente por um período de 15 anos. 

A mudança da lei também prevê que, aqueles que simplesmente 'falarem, escreverem ou cantarem' no estilo sul-coreano, poderão ser condenados a dois anos. Já quem leva o material até a nação estará sujeito a maiores penas, que incluem prisão perpétua.

O líder norte-coreano acena de dentro de um carro / Crédito: Getty Images

Punição às famílias

O New York Times ainda ressaltou que também os parentes dos daqueles que forem pegos “imitando o sotaque das marionetes do Sul”, podem ser punidos com a expulsão da cidade de onde vivem.

Além disso, conforme informou o site Asia Press International, Kim Jong-un ordenou que oficiais analisassem computadores e mensagens de texto de toda a população da Coreia do Norte, à procura de qualquer conteúdo que possa violar as leis do país.


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