Acusado de cometer estupro, necrofilia e canibalismo, a história do brutal assassino virou série na Netflix
Na última terça-feira, 21, a Netflix lançou a série 'Dahmer: Um Canibal Americano', dirigida por Ryan Muphy e com o ator Evan Peters dando vida ao sádico serial killer Jeffrey Dahmer. A trama ainda conta com a participação de Richard Jenkins e Penelope Ann Miller, que interpretam os pais de Dahmer.
Entre 1978 e 1991, Jeffrey Dahmer tirou a vida de dezessete vítimas inocentes de forma brutal. 'Dahmer: Um Canibal Americano' é uma série que expõe esses crimes inescrupulosos e como o desprezo por grupos minoritários, o racismo estrutural e as falhas institucionais permitiram que um dos mais infames assassinos em série da história dos Estados Unidos continuasse agindo às claras por mais de uma década", aponta a sinopse.
Condenado à prisão perpétua, porém, Dahmer encontrou outro fim muito pior. Ele acabou morto em 28 de novembro de 1994, ao 34 anos, na Columbia Correctional Institution. Saiba como se deu o seu fim.
Durante dois anos de sua vida, Jeffrey Dahmer criou o sádico costume de se esgueirar pelas ruas de Milwaukee, nos Estados Unidos. Nascido em maio de 1960, ele sempre foi uma criança conturbada, que sequer se comparava ao adulto cruel em que se tornou.
Alcoólatra desde os 14 anos, o menino não se encaixava entre os colegas da escola. Ao invés de carrinhos ou bonecas, ele gostava de colecionar cadáveres de animais mortos, que dissecava e mantinha em um cemitério particular no jardim de casa.
Jeffrey era, com certeza, um menino incomum. Extremamente introvertido, ele largou a faculdade com menos de três meses de curso e, sob os comandos do pai, alistou-se no exército — mas foi dispensado em menos de dois anos por causa de seu vício em álcool.
Aquele, no entanto, era apenas o início da história de um homem impiedoso, que chegou a matar, estuprar e dissecar 17 jovens. Sentenciado a mais de 950 anos de prisão, ele descrevia seus assassinatos como “uma compulsão”.
Entre 1989 e 1991, Jeffrey Dahmer pouco variou o modus operandi que usava a fim de arrancar a vida de suas vítimas. Para começar, em noites frias, ele encontrava jovens homossexuais em bares, os abordava e dava um jeito de chamar sua atenção.
Sob o pretexto de assistir a filmes pornôs, fazer fotografias eróticas ou ver sua coleção de borboletas, ele os convidava para seu apartamento. Uma vez na residência, o criminoso drogava, despia e matava suas vítimas, os estrangulando ou esfaqueando.
Todo o ritual era fotografado e as imagens eram guardadas em uma espécie de altar. Depois, insaciável, Jeffrey estuprava os cadáveres e os dissecava. Ossos eram dissolvidos com ácido, enquanto crânios e partes íntimas eram limpos e guardados.
Todo o esquema sádico de Jeffrey foi descoberto quando uma de suas vítimas conseguiu fugir, no dia em 22 de julho de 1991. Naquela noite, Tracy Edwards encontrou dois policiais e os levou até o apartamento do assassino, que logo foi preso.
O julgamento durou duas semanas e, ao final, Dahmer foi condenado pela morte de 16 dos 17 homens que ele mesmo afirmou ter assassinado. “Era apenas uma ânsia, uma fome. Não sei como descrever, era uma compulsão”, confessou no tribunal.
Pelos homicídios, Jeffrey recebeu a pena de 957 anos de prisão. Seu tempo na cadeia, contudo, foi muito pior do que ele imaginava. Ao invés de passar a vida toda em uma cela gelada, o destino do serial killer foi muito mais ingrato.
Uma vez condenado, o criminoso foi levado até a prisão de segurança máxima em Portage, Wisconsin. Lá, ele foi diretamente encaminhado para a solitária, onde ficou por quase um ano, já que sua vida estaria em risco caso ficasse entre outros presos.
Em 1993, Jeffrey foi transferido para uma sessão menos segura da prisão e passou a trabalhar na limpeza os banheiros compartilhados. Nesse meio tempo, voltou-se para suas raízes católicas e foi batizado, em meados de 1994.
Toda a fé, contudo, não mudava o que o serial killer sentia por dentro. Apesar das confissões, a família de Dahmer afirmava que ele foi para a prisão pronto para morrer: ele sabia que seus últimos dias seriam entre as barras de metal fortificado.
Considerado um alvo pelos outros detentos, Jeffrey chegou a ser atacado por Osvaldo Durruthy. Na ocasião, Dahmer quase teve sua garganta cortada pelo companheiro de cadeia, mas acabou sofrendo apenas alguns arranhões.
Na manhã do dia 28 de novembro de 1994, todavia, a história do assassino tomaria um rumo completamente diferente do que ele esperava. Durante uma jornada de trabalho limpando banheiros, Jeffrey encontraria alguém tão frio e cruel quanto ele próprio.
Cansado das insolências do serial killer, que andava com seguranças pela cadeia, Christopher Scarver decidiu tomar providências. Com uma barra de ferro em mãos, o preso, que acreditava ser a reencarnação de Jesus Cristo, matou Jeffrey Dahmer.
Em seu testamento, o serial killer de Milwaukee afirmou que queria ser cremado. Ainda que cientistas quisessem analisar seu cérebro sádico, a justiça decidiu pelo contrário e, morto aos 34 anos de idade, Jeffrey teve suas cinzas divididas entre seus pais.
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