Consideradas um dos maiores mistérios da época, as medalhas Espíntria traziam imagens explícitas de relações sexuais
Os primeiros registros romanos sobre o sexo surgiram em meados de 7510 a.C. e, naquela época, o ato funcionava como uma importante ferramenta de manutenção do Estado. Assim, relações sexuais também eram consideradas atos políticos.
Na maioria das vezes, portanto, o sexo era visto como um dever. De um lado ficavam os homens, com todo o prazer e satisfação; e, do outro, restavam as mulheres, com o restrito papel de dar continuidade à linhagem — orgasmos para elas nem pensar!
Apesar da importância política, no entanto, o sexo entre os homens romanos também era objeto de diversão. Jovens casados, por exemplo, tinham a total liberdade de trair suas esposas com outras pessoas — o gênero dos amantes sequer importava.
Dessa forma, é de se esperar que uma sociedade tão profana — como foi vista nos anos futuros por povos mais conservadores — contasse com artefatos eróticos e bastante obscenos. Esse era o caso das medalhas Espíntria, ou Spintria.
Mistério erótico
Produzidas por um curto período, principalmente em meados do século 1 d.C., as espíntrias eram feitas de bronze ou de latão e traziam imagens eróticas o suficiente para assustar qualquer indivíduo conservador da Idade Média.
Pouco menores do que uma moeda de 50 centavos, as medalhas são consideradas um dos maiores mistérios da sociedade romana. Pouco se sabe sobre suas aplicações ou utilidades — questões bastante discutidas até hoje.
Sem muitos documentos acerca das espíntrias, estudiosos como Friedlander afirmam que as medalhas serviam como uma entrada para bordéis. Outros ainda argumentam que eram moedas de troca exclusivas para pagar por jovens prostitutos.
Sexo ou jogos de azar?
No século 16, o escritor latino Suetônio passou a usar a palavra Spintria para definir todos aqueles que cometiam atos ultrajantes — à época resumidos em atos sexuais ou apenas sensuais. Por isso, há quem defenda que as espíntrias eram usadas em bordéis.
Para Theodore V. Buttrey, no entanto, as medalhas eróticas eram usadas como peças de jogos de azar. Nesse sentido, o autor acredita que não existem evidências que realmente provem a ligação entre as espíntrias e qualquer forma de prostituição.
Independentemente de sua finalidade, muitos estudiosos afirmam que as moedas traziam cenas explícitas do sexo homoafetivo. Segundo Buttrey, Jacobelli e Talvacchia, todavia, as imagens obscenas são exclusivamente heterossexuais.
Para a grande maioria dos entusiastas da história romana, no entanto, pouco importa a finalidade das moedas eróticas. No final das contas, as espíntrias foram essenciais para compreender como, mesmo há tantos anos, a sociedade romana era livre de tabus — pelo menos em relação ao sexo e à homossexualidade masculina.
+Saiba mais sobre a história da prostituição através de obras disponíveis na Amazon:
Prostituição à Brasileira: cinco histórias eBook Kindle, de José Carlos Sebe B. Meihy (2015) - https://amzn.to/2T4gp8Q
A história da prostituição humana: Alienação, religião, trabalho e fatores ligados à servidão humana. eBook Kindle, de Ronaldo Vieira - https://amzn.to/2WZV2Xp
História Da Prostituição, de Anonymous (2019) - https://amzn.to/360UWD6
No intuito de produzir influência educativa: educação moral, polícia de costumes, e prostituição feminina em Belo Horizonte, de Lucas Carvalho Soares de Aguiar Pereira (2019) - https://amzn.to/2AoRSVC
Noites Ilícitas. Histórias E Memórias Da Prostituição, de Odilon Soares (2009) - https://amzn.to/3bvG9RV
Vale lembrar que os preços e a quantidade disponível dos produtos condizem com os da data da publicação deste post. Além disso, a Aventuras na História pode ganhar uma parcela das vendas ou outro tipo de compensação pelos links nesta página.
Aproveite Frete GRÁTIS, rápido e ilimitado com Amazon Prime: https://amzn.to/2w5nJJp
Amazon Music Unlimited – Experimente 30 dias grátis: https://amzn.to/2yiDA7W