A fama de viúva e os escândalos de sua trajetória seguiram a ex-primeira-dama dos Estados Unidos até os seus últimos dias
1. Traições geraram desabafo com um padre
Em 2 de setembro de 1953, Jacqueline Lee tornou-se uma mulher casada, conhecida como Jackie Kennedy. Um tempo depois, em 20 de janeiro de 1961, seu marido, John F. Kennedy, iniciava um histórico mandato como o 35º presidente dos Estados Unidos.
O envolvimento dela com a autoridade política passava uma boa imagem de família americana perfeita. No entanto, como escreveu Seymour Hersh, em O Lado Negro de Camelot, o presidente era viciado em sexo e a traía constantemente. Pelas costas da esposa, envolveu-se com atrizes, assistentes, prostitutas e até mulheres da máfia.
Havia também rumores de um caso com a belíssima lenda do cinema Marilyn Monroe. No entanto, diante de tantas relações extraconjugais escandalosas, Jackie não fechava os olhos. Relatou seu sofrimento em cartas ao padre irlandês Joseph Leonard.
Em uma das correspondências, a primeira-dama escreveu sobre Kennedy, o comparando com o pai dela, que também traía a sua mãe. “Depois de casado precisa demonstrar que ainda é atraente, de modo que flerta com outras mulheres e está ressentido com sua mulher. Vi como isso quase acabou com a minha mãe”, relatou.
Por outro lado, Jackie Kennedy também foi alvo de rumores, que dizem que ela também traiu o presidente. Entre os supostos amantes, estava o ator William Holden e Roswell Gilpatrick, o então secretário adjunto, considerado o número dois do departamento de Defesa dos EUA.
2. Usou vestido com o sangue do marido
Em 22 de novembro de 1963, na cidade de Dallas, no Texas, John F. Kennedy foi assassinado a tiros na frente de Jacqueline, durante um desfile presidencial. Desesperada, ela abraçou o marido, enquanto iam depressa até o hospital Parkland Memorial.
A primeira-dama, que usava um vestido rosa, ficou manchada com o sangue de Kennedy. Ela orou para que o parceiro sobrevivesse, mas o anúncio da morte foi dado. Nesse meio tempo, Jackie se recusou a trocar de roupa. Em luto, decidiu que ficaria com a vestimenta suja por horas depois da morte.
O cadáver do político seria levado a Washington de avião. Mas, no caminho, nem no aeroporto Air Force One Jacqueline Kennedy trocou de vestido. Apenas lavou o rosto, atitude pela qual se arrependeu. "Por que lavei o sangue?' Eu deveria ter deixado lá; deixe-os ver o que fizeram”, relatou ela para a revista Life.
Mais tarde, para chocar ainda mais a mídia, a primeira-dama usou novamente a roupa suja de sangue durante o juramento de Lyndon B. Johnson como o novo presidente dos EUA.
3. O luto envolveu vícios
A morte do cônjuge abalou muito Jackie, que voltou a desabafar com o padre irlandês, dizendo que preferiria ter perdido a própria vida do que ter visto a morte do marido. Em uma correspondência, também afirmou estar “ressentida com deus” e pediu por uma resposta divina.
Em outra carta, dessa vez a outro padre, Richard McSorley, ela manifestou falta de vontade em ficar viva. A mulher então abusou de bebidas alcóolicas e relatou que ingeriu grande quantidade de vodka. Também lamentou muito a decadência de sua imagem, afetada por questões políticas e acusações de traições.
4. Campanha de Difamação
Cinco anos após a morte do ex-presidente dos EUA, em 20 de outubro de 1968, Jacqueline Kennedy casou-se novamente com o rico magnata grego Aristóteles Onassis. A mídia condenou o "curto" intervalo de tempo entre óbito do ex e o início de uma nova relação.
Em resposta aos abusos da imprensa, a ex-primeira-dama processou constantemente os veículos de comunicação por invasão de privacidade. Porém, conforme a relação entre ela e o magnata ficava conturbada, e traições se acumulavam, ele acabou ajudando em uma campanha de difamação midiática contra Jackie.
Em 1972, Onassis chegou até mesmo a alertar fotógrafos sobre a localização da mulher, que foi fotografada caminhando nua por uma praia grega. As fotos íntimas de Jacqueline acabaram publicadas por Larry Flynt, editor da revista Hustler.
O episódio seria a gota d'água, responsável pelo término da união entre Jacqueline e o magnata, que a traía assumidamente com a cantora lírica Maria Callas.
5. Batalhou contra o câncer
Dona de milhões de dólares, a velhice de Jacqueline Kennedy foi bem discreta, mas a fama de viúva a perseguiu mesmo após sua morte. O motivo do óbito foi um câncer linfático, diagnosticado em janeiro de 1994.
Em luta contra a doença, Jackie parou de fumar e continuou trabalhando. No entanto, a situação se agravou no mês de abril daquele mesmo ano. Ela foi hospitalizada, mas voltou para casa em 18 de maio.
A morte chegou lá mesmo em sua residência. E nem nos seus últimos dias de vida Jacqueline deixou de ser perseguida pela mídia. Repórteres, apoiadores e curiosos ocupavam o lado de fora do apartamento da mulher, na 1040 Fifth Avenue. Ela morreu enquanto dormia, às 10h15 da manhã do dia 19 de maio de 1994. Tinha 64 anos de idade. Naquele mesmo ano, o magnata da família Onassis também veio a óbito.
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