Busca
Facebook Aventuras na HistóriaTwitter Aventuras na HistóriaInstagram Aventuras na HistóriaYoutube Aventuras na HistóriaTiktok Aventuras na HistóriaSpotify Aventuras na História
Curiosidades / Curiosidades

Do spray de pimenta a Comic Sans: 5 inventores que se arrependeram de suas invenções

Eles passaram a odiar suas criações ao ver as consequências do que haviam desenvolvido

Isabela Barreiros Publicado em 11/08/2020, às 16h44

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Imagem ilustrativa de mulher usando spray de pimenta - Wikimedia Commons
Imagem ilustrativa de mulher usando spray de pimenta - Wikimedia Commons

1. Vincent Connare

Crédito: Wikimedia Commons

O designer Vincent Connare trabalhava na Microsoft quando foi responsável por inventar uma das mais odiadas fontes tipográficas do mundo: a Comic Sans. Na verdade, no começo, ela foi criada para ser usada em um jogo da mesma empresa, mas acabou dominando o mundo digital — seja isso positivo ou negativo.

Em entrevista ao The New York Times, Connare disse: “Se você ama a Comic Sans, não sabe muito sobre tipografia. E se você odeia Comic Sans, você precisa de um novo hobby”. Até ele entende a ridicularização que envolve a fonte, mas ainda acha que todo o frenesi em torno da Comic Sans é um exagero.


2. Mikhail Kalashnikov

Mikhail Kalashnikov é mais conhecido por ter inventado a morta AK-47, mas, ao longo de sua longa vida, não demonstrou nenhum arrependimento. Isso veio à público apenas depois de sua morte, em 2014, quando jornal russo Izvestia, publicou uma carta escrita por Kalashnikov ao chefe da Igreja Ortodoxa da Rússia, pouco antes de morrer.

"Minha dor espiritual é insuportável. Eu continuo fazendo a mesma pergunta insolúvel. Se meu rifle privou as pessoas de vida, então eu...um cristão e um crente ortodoxo, fui o culpado por suas mortes?", questionou-se. "Quanto mais vivo, mais essa pergunta penetra em meu cérebro e mais me pergunto por que o Senhor permitiu ao homem os desejos diabólicos de inveja, ganância e agressão”, escreveu.


3. Ethan Zuckerman

Crédito: Flickr

Entre os anos de 1994 e 1999, o programador Ethan Zuckerman trabalhou no site Tripod.com, uma das empresas "pontocom" pioneiras. Na tentativa de aumentar as receitas de sites gratuitos, acabou sendo o responsável por criar os pop-ups, uma das maiores reclamações de quem acessa a internet até os dias de hoje.

Essa foi a maneira encontrada por ele de associar um anúncio à página de um usuário, sem precisar colocá-lo diretamente na página. Mas até Zuckerman admite o erro. Em seu ensaio "o pecado original da internet", Zuckerman se desculpa pelo que criou quando era funcionário da Tripod.com. "Eu escrevi o código para abrir a janela e executar um anúncio nela. Eu sinto muito. Nossas intenções eram boas", afirmou.


4. Albert Einstein

Bomba atômica em Nagasaki / Crédito: Wikimedia Commons

Albert Einstein não desenvolveu a bomba atômica: ele foi responsável apenas pelas descobertas de que levaram a sua criação. No entanto, pensando na possibilidade da Alemanha produzi-la primeiro, assinou uma carta escrita por Leó Szilárd ao então presidente dos Estados Unidos, Franklin D. Roosevelt.

Eles alertavam o governo estadunidense sobre os alemães, e insistiam no apoio à pesquisa de físicos do país para desenvolvê-la antes. Mas Einstein se arrependeu profundamente. Depois de anos, escreveu a Roosevelt: "Se eu soubesse que os alemães não conseguiriam produzir uma bomba atômica, nunca teria levantado um dedo".


5. Kamran Loghman

Nos anos 1980, Kamran Loghman foi responsável por criar o spray de pimenta, especialmente para o uso do FBI. No entanto, o próprio inventor afirma, hoje em dia, que o produto está sendo usado de maneiras ruins. Em entrevista para o HuffPost, disse: “em muitos casos, está sendo mal utilizado”

“Usado de maneira adequada, o spray de pimenta não é uma forma de ataque. O objetivo é reduzir as lesões. É usado para prevenir problemas. Não é para ser usado para calar as pessoas, para punir pessoas, para controlar pessoas”, explicou. Loghman criticou o uso exagerado de spray de pimenta pela polícia, afirmando que ela deve ser treinada novamente para não realizar tais ações abusivas.