A coroação e o período em que de D. Pedro I governou o Brasil em cinco fatos curiosos
Desde o célebre 7 de setembro, a formação de um governo separado de Portugal já era prevista. A nomeação do príncipe regente como o novo imperador era muito esperada pela população brasileira. Assim, no dia 1° de dezembro de 1822, Pedro I era coroado Imperador Constitucional e Defensor Perpétuo do Brasil.
Pensando nisso, o site Aventuras na História separou cinco curiosidades sobre esse período da história do país, que completa exatos 200 anos nesta quinta-feira, 1°.
No dia de sua coroação, Pedro I mandou que fosse criada a Ordem Imperial do Cruzeiro do Sul, a qual foi inspirada pelos símbolos franceses. A ordem concedeu condecorações a brasileiros e estrangeiros que tinham relevância política no país, até então.
Mais tarde, também a Ordem Imperial da Rosa foi criada. Desse modo, o Imperador entregou 189 insígnias a seus aliados. Seu filho D. Pedro II, no entanto, superou esse número ao conceder mais de 14 mil condecorações.
Insatisfeito com a Constituição de 1823, D. Pedro acabou dissolvendo a Assembleia Constituinte e outorgando uma nova em 1824. Com essa nova Constituição, estava determinado que o Executivo, o Judiciário e o Legislativo estariam subordinados a um quarto poder, o Moderador, o qual seria exercido por Pedro. Basicamente, o Imperador poderia anular qualquer decisão dos outros poderes.
Além disso, o país passava por problemas econômicos e várias revoltas regionais surgiram. Com a instabilidade, o imperador determinou que tanto a Câmara quanto o Senado seriam vitalícios, o que acabou por gerar um conflito ainda maior entre ele e as elites que defenderam sua chegada ao poder.
Com a morte de D. João VI, sua indecisão entre o trono do Brasil e de Portugal acabaria minando a popularidade que ele tinha, pois o governante decidiu autoproclamar-se herdeiro do trono português, o que contrariava Constituição.
Como ele não podia assumir dois tronos ao mesmo tempo, deixou sua filha, Maria da Glória, que tinha apenas sete anos de idade na época, como herdeira de Portugal e nomeou seu irmão D. Miguel como regente.
Devido a sua impopularidade no Brasil, D. Pedro I acabaria abdicando do trono no dia sete de abril de 1831 e retornando a Portugal. "Aqui está a minha abdicação; desejo que sejam felizes! Retiro-me para a Europa e deixo um país que amei e que ainda amo", escreveu Dom Pedro I, naquele mesmo dia. Assim, seu filho, Pedro II, tornou-se príncipe regente.
Em Portugal, ele passou a utilizar o título de Duque de Bragança e decidiu a lutar para restituir o trono português para sua filha, uma vez que D. Miguel teria assumido o poder. Após derrotar o irmão, restaurou o absolutismo português.
No dia 10 de setembro de 1834, após meses lutando contra a tuberculose e vivendo em uma cama, o D. Pedro ditou uma carta aberta aos brasileiros. Nela, ele pedia pela abolição da escravidão. “É um mal, e um ataque contra os direitos e dignidade da espécie humana”, explicou, “É um câncer que devora a moralidade”.
Dias depois, em 24 de setembro de 1834, ele acabou por falecer. Porém, Pedro não foi enterrado como um Imperador, mas sim como um simples general. Apenas no aniversário de 150 anos da independência do Brasil, seus restos mortais foram levadas para o monumento do Ipiranga, em São Paulo.