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Curiosidades / Personagem

Céu nublado e queda escomunal: o último voo de John F. Kennedy Jr.

O avião pilotado pelo filho do ex-presidente dos Estados Unidos era considerado seguro, mas a viagem acabou mal

Vanessa Centamori Publicado em 20/05/2020, às 08h00

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John F. Kennedy Jr - Divulgação
John F. Kennedy Jr - Divulgação

Na noite do dia 16 de julho de 1999 o clima era nebuloso em Nova Jersey. Ainda assim, o jovem advogado e piloto John F. Kennedy Jr, que era filho do 35º presidente dos Estados Unidos, decolou em seu pequeno avião particular, a partir do aeroporto de Essex County.

Kennedy Jr. estava acompanhado de sua esposa Carolyn e da irmã dela, Lauren Bessette. Saía tudo certo: o próximo destino seria a Ilha Martha's Vineyard e a aeronave onde a família estava, a Piper Saratoga, era considerada segura e relativamente nova. 

O monomotor podia chegar a uma velocidade máxima de 320 km/h. Kennedy voava dentro dessa faixa fazendo navegação visual pela costa. De repente, ficou desorientado. As nuvens e a escuridão da noite o fizeram se desviar da rota para o alto-mar.

O avião começou a perder altitude em um ritmo perigoso: percorria cerca de 1,4 mil metros por minuto — dez vezes a velocidade de uma descida normal. A queda ocorreu com grande impacto. Até que as autoridades da aviação notaram que o veículo jamais chegou no horário previsto. 

John F. Kennedy Jr e a esposa / Crédito: Divulgação / Youtube 

Em busca do filho do ex-presidente

Segundo a entidade americana do setor aéreo, conhecida como Administração Federal de Aviação (FAA), centenas de funcionários de cinco estados ajudaram a encontrar a aeronave onde estava Kennedy Jr. e seus familiares. As buscas duraram cinco dias. 

O presidente Bill Clinton tinha até já anunciado o prolongamento da participação da Guarda Costeira no resgate, devido à importância da família Kennedy. Foi aí então que finalmente o trabalho de um veículo submarino mostrou resultados. 

Inicialmente, a embarcação subaquática, controlada por controle remoto, encontrou somente o corpo de Kennedy Jr., cujo cadáver estava dentro de uma grande parte da fuselagem do avião. Uma busca posterior depois detectou as irmãs Carolyn e Lauren Bessette.

Os corpos de todas as vítimas estavam a pelo menos 30 metros de profundidade, a cerca de 11 km a sudoeste da ilha de Martha's Vineyard, segundo informou na época a Folha de S. Paulo. Kennedy levava a cunhada para a ilha. Depois, iria seguir na direção norte pra Hyannisport, onde iria ao casamento de sua prima, Rory, no dia 17 de julho. 

O presidente dos Estados Unidos, John F. Kennedy, que foi assassinado em 1963/Crédito: Wikimedia Commons 

Licença de piloto 

Ao jornal Orlando Sentinel, da Flórida, o examinador federal John McColgan, que testou as habilidades de Kennedy Jr. de manobrar um avião, disse que ele era um "piloto excelente". 

Kennedy Jr. tinha viajado para Vero Beach um ano antes de sua morte para fazer um curso de pilotagem na Academia de Segurança de Voo. Seu teste para obter a licença de controle de aviões, chamada de brevê, foi realizado com McColgan, que era ex-mecânico de voo da Força Aérea.

O documento de autorização do filho do antigo presidente tinha sido tirado há apenas 15 meses. Ainda assim, segundo McColgan, Kennedy tinha muita experiência de voo e, não por acaso, ele ficou muito chocado com a morte do amigo. "Eu voei com ele quando tinha três anos e, depois, nos encontramos novamente quando tinha 37", afirmou o piloto.

John F. Kennedy Jr, filho do 35º presidente dos EUA  / Crédito: Divulgação 

Erro humano 

Kennedy podia até ter grande habilidade na pilotagem de aeronaves, mas nos últimos dias de sua vida ele não estaria se sentindo confiante para pilotar sem um copiloto, segundo relatou o empresário Keith Stein.

Na última semana antes do acidente que o matou, Kennedy Jr. tinha voado para Markham, em Ontário (Canadá), para negociar com Stein a compra de ações da revista George. Nessa ocasião, admitiu não estar na sua melhor forma. "Ele voou com um copiloto, porque me disse que estava com o pé quebrado e tinha problemas em acionar os pedais", afirmou Stein.

Tragicamente, o último voo do piloto recém-licensiado não acabou bem. Se estivesse acompanhado por um copiloto na hora em que a nave começou a perder altitude, podia ter Kennedy Jr. sobrevivido? é algo que nunca saberemos.

De qualquer maneira, foi honroso o funeral do homem de 38 anos, que carregava o nome do pai e estadista assassinado em 1963. As cinzas de John F. Kennedy Jr., assim como as da esposa e da cunhada, foram atiradas ao mar. Desse modo, os restos das vítimas da tragédia jazeram nas ondas do oceano, no mesmo local onde a nave caiu. 


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