Busca
Facebook Aventuras na HistóriaTwitter Aventuras na HistóriaInstagram Aventuras na HistóriaYoutube Aventuras na HistóriaTiktok Aventuras na HistóriaSpotify Aventuras na História
Curiosidades / Ditadura Militar

Inúmeros soldados contra dezenas de militantes: 5 curiosidades sobre a Guerrilha do Araguaia

Militantes organizaram uma ação que foi dizimada pela ditadura militar

Isabela Barreiros, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 19/03/2021, às 09h33

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Grupo de guerrilheiros no Araguaia - Wikimedia Commons
Grupo de guerrilheiros no Araguaia - Wikimedia Commons

Entre 1967 e 1974, instalava-se um movimento revolucionário de cunho comunista na região do “Bico do Papagaio”, localizada entre a fronteira entre os estados do Pará, Maranhão e Tocantins. Lá, também passava o rio Araguaia, que deu nome à ação.

A Guerrilha do Araguaia foi formada por uma ala radical do PCdoB (Partido Comunista do Brasil), composta em sua maioria estudantes universitários que se voluntariaram para participar da guerrilha. Durante a ditadura militar, eles foram dizimados. 

A Aventuras na História separou 5 curiosidades sobre a Guerrilha do Araguaia. Confira!

1. Inspiração

Embora tivessem sido colocados na ilegalidade, militantes comunistas estavam se organizando cada vez mais durante a ditadura militar. Na clandestinidade, eles passaram a articular ações revolucionárias que tinham como objetivo acabar com o regime opressivo.

Para tal, os socialistas brasileiros se inspiraram em líderes ao redor do mundo. Che Guevara, por exemplo, foi responsável por criar modelos de guerrilhas rurais que foram seguidas inúmeras vezes.


2. O começo do plano

A guerrilha é conhecida até hoje por seu final trágico, mas o começo, quando os militantes ainda estavam chegando ao território, é menos falado. Antes de chamarem a atenção dos militares do governo, os jovens compraram lotes na região e montaram comércios.

Como relatou a Superinteressante, pouco depois, passaram a dar aulas para a população local, alfabetizando crianças e adultos. Em questão da ação revolucionária, eles treinaram na mata, aprendendo táticas necessárias para a sobrevivência no ambiente.


3. Repressão

Região da Guerrilha do Araguaia no mapa do Brasil / Crédito: Wikimedia Commons

Enquanto os guerrilheiros iam se instalando e treinando, a notícia de que militantes estavam planejando uma ação revolucionária na região foi se espalhando e chegou nos militares. Investigações e campanhas começaram a ser feitas, cujo resultado foi a eliminação total dos jovens.

Em três campanhas, o governo brasileiro trouxe as três Forças Armadas e a Polícia Militar para colocar um fim à guerrilha, em uma potência muito contrastante à dos comunistas. Segundo o O Globo, o exército enviou “um aparato cujas estimativas oscilam entre 3.500 e 20 mil homens”, contra o grupo de 69 a 90 pessoas.


4. Camponeses

Os militantes receberam ajuda da população local ao longo da formação da guerrilha, o que também os tornou alvo do exército. Muitos camponeses, inclusive, foram investigados por seu suposto envolvimento com a ação revolucionária, passando por torturas e sequestros.

Ainda segundo O Globo, o governo brasileiro contava com espiões chamados de arapongas, que trabalhavam no Centro de Informações do Exército (CIE). Eles se misturaram aos camponeses e obtiveram informações sobre a guerrilha. Ao menos 17 moradores desapareceram e cerca de 100 passaram por interrogatórios violentos.


5. Soldados ribeirinhos

Os soldados enchem o helicóptero das forças armadas de cadáveres / Crédito: Divulgação/Soldados do Araguaia

Em 2017, foi lançado o documentário Soldados do Araguaia, dirigido por Belisário Franca. A produção contou um lado diferente da Guerrilha do Araguaia: a dos “soldados ribeirinhos” que foram recrutados para combater a ação revolucionária, mas que foram torturados ao longo do episódio.

Apenas 60 militares eram ribeirinhos, escolhidos pois conheciam bem a região. No entanto, em seu treinamento, os entrevistados contaram durante o documentário que passaram por situações violentas como espancamento, eram vítimas do pau de arara e, muitas vezes obrigados a tomar sangue de cobras.


+Saiba mais sobre a ditadura militar por meio de grandes obras disponíveis na Amazon:

Em Nome dos Pais, de Matheus Leitão (2017) - https://amzn.to/2GuvrOR

Cativeiro sem fim: as Histórias dos Bebês, Crianças e Adolescentes Sequestrados Pela Ditadura Militar no Brasil, de Eduardo Reina (2019) - https://amzn.to/2YFRkmi

1964: história do regime militar brasileiro, de Marcos Napolitano (2014) - https://amzn.to/2QUSnwb

Mulheres - Ditaduras e Memórias - "Não Imagine Que Precise Ser Triste Para Ser Limitante", de Susel Oliveira da Rosa (2013) - https://amzn.to/2RloAgy

A Casa da Vovó: Uma biografia do DOI-Codi (1969-1991), o centro de sequestro, tortura e morte da ditadura militar, de Marcelo Godoy (2015) - https://amzn.to/341SJGo

Vale lembrar que os preços e a quantidade disponível dos produtos condizem com os da data da publicação deste post. Além disso, a Aventuras na História pode ganhar uma parcela das vendas ou outro tipo de compensação pelos links nesta página.

Aproveite Frete GRÁTIS, rápido e ilimitado com Amazon Prime: https://amzn.to/2w5nJJp

Amazon Music Unlimited – Experimente 30 dias grátis: https://amzn.to/2yiDA7W