Terminada a Primeira Guerra, o mundo mergulhou em um período de “irracionalidade exuberante”, para usar a expressão consagrada por Alan Greenspan, expresidente
do Banco Central norte-americano. Nova potência mundial, os Estados Unidos lideraram esse tempo de riqueza e excessos, que passou à História com o nome de Roaring Twenties, os loucos anos 20.
Tudo acabou na manhã de 24 de outubro de 1929. A Bolsa de Valores de Nova York desabou, dando fim a uma ciranda financeira na qual bancos emprestavam a corretoras que investiam em ações como se não houvesse chance de queda de preços. Ainda que economistas como Roger Babson e jornalistas como Alexander Noyes, do New York Times, alertassem para os riscos, qualquer pessoa acreditava que ficaria rica com ações – de magnatas a engraxates.
Não existe uma única razão para a debacle. A quebra de um conglomerado britânico foi apontada como uma delas – mas, possivelmente, a tragédia nasceu da crença da riqueza para todos.
Quando a realidade se impôs, as pessoas, como na foto, vagavam por Wall Street em busca dos culpados por terem perdido todas as suas economias.