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O corpo feminino ideal

Critério de beleza já mudou muito

Adriana Marmo Publicado em 01/06/2007, às 00h00 - Atualizado em 23/10/2017, às 16h36

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Aventuras na História - Arquivo Aventuras
Aventuras na História - Arquivo Aventuras

Na Pré-História, mulheres com seios fartos e ancas bem definidas eram as prediletas dos homens. Suas formas mostravam que eram bem alimentadas e capazes de gerar filhos sadios. Mas o conceito de beleza foi fundamentado muito depois, com os gregos. Para eles, belo era tudo o que equilibrava proporção e simetria. A forma ideal do corpo feminino, porém, mudou muito de lá para cá.

Século 8

Barriga, sim!

Quanto mais barriguda, mais bonita. Valia até colocar enchimento sob a roupa para aumentar a região. Numa época em que a Igreja exercia enorme poder, o ventre saliente estava relacionado à gravidez imaculada da Virgem Maria.

Século 15

Gordinha sexy

No Renascimento, as gordinhas eram as mais belas. A opulência, sinônimo de saúde, virou moda depois de a peste negra ter eliminado quase dois terços da população européia no fim da Idade Média.

Século 17

Cintura de pilão

A partir do Barroco, o ideal de beleza feminina foi exigindo formas frágeis. A cintura, o maior objeto de desejo, foi afinando cada vez mais à custa de espartilho e até de cirurgia para remoção da última costela. No fim do século 19, o corpo perfeito tinha cintura de 40 cm.

Nos 20

Peito achatado

A emancipação feminina pôs fim aos espartilhos. O belo eram as silhuetas cilíndricas – cintura, seios e quadris parecidos nas medidas. As mulheres enrolavam faixas sob a roupa para achatar seios e quadris.

Anos 40

Mulher macho

A Segunda Guerra Mundial exigiu a força do trabalho feminino e o ideal de beleza se adaptou: passou a compreender formas mais masculinizadas. Entram em voga ombros largos, como os que tinha a atriz Joan Crawford.

1947

Forma voluptuosa

O lançamento da coleção do estilista Christian Dior em 1947 é uma espécie de celebração à vida depois dos horrores da guerra. A cintura afina e as formas são como as de Marilyn Monroe.

Anos 60

Muito magra

A magreza da modelo Twiggy e seus traços de boneca tornam-se as características mais desejadas pelas mulheres. Começa aqui o sonho de ser eternamente jovem. Com o movimento hippie, também passa a ser moda ter um corpo sem curvas e com os seios pequenos.

Anos 80

Corpo sarado

A simbologia do corpo musculoso, como o de Madonna, é ela poder enfrentar os homens no mercado de trabalho e defender-se da violência. Os homens querem músculos torneados para espantar o fantasma da aids, que deixava os soropositivos muito magros.

Fim dos anos 80

Tipo top model

As modelos Linda Evangelista, Cindy Crawford, Claudia Schiffer e, no Brasil, Luiza Brunet trazem de volta o padrão de beleza clássico. Além de belas, a aparência do corpo é saudável – e elas têm curvas.

Anos 90 e 2000

Anorexia e silicone

A modelo Kate Moss surge com a aparência heroína-chic e determina que todas sejam absolutamente magras. A anorexia cresce entre as adolescentes. Mas as mulheres querem seios grandes, conseguidos com silicone. O padrão atual é Gisele Bündchen.