Há 22 anos o ator americano teve uma parada cardíaca após noitada regada a substâncias ilícitas e prostitutas
Penélope Coelho Publicado em 19/03/2020, às 18h00 - Atualizado às 21h40
No dia 15 de fevereiro de 1964, no estado americano de Wisconsin, nascia Christopher Crosby Farley. O menino desde cedo demonstrou interesse pela arte do improviso e em sua juventude era conhecido como o palhaço da turma. Vindo de família grande e católica, ele tinha três irmãos, para quem adorava encenar.
Ainda jovem Chris decidiu levar isso a sério e se graduou na Universidade de Marquette, em comunicação e teatro. Estudando sob a coordenação do diretor Del Fechar, no Improv Olímpicos Theatre, depois disso ele logo ingressou para a televisão. Começou no elenco de Saturday Night Live em 1990, conhecido por esquetes que satirizavam os filmes da época. Farley, tinha uma marca registrada na comédia, ele sempre se autodepreciava por causa de seu tamanho grande, e fazia graça disso.
Rapidamente o ator migrou para as telonas, e em 1995 deixou o programa. Ele brilhou no cinema em filmes como: Quanto Mais Idiota Melhor, Coneheads - Cônicos e Cômico, Mong & Lóide, Ovelha Negra e sua mais famosa produção gravada no ano de sua morte, papel pelo qual ele é mais lembrando em: Um Ninja da Pesada.
Fora do estrelato em sua vida pessoal, o comediante enfrentava problemas. Farley se deixou levar pela fama e por tudo que o dinheiro podia trazer, suas maiores lutas foram contra o álcool, drogas e a obesidade. Ele entrou e saiu de reabilitações mais de doze vezes em um período de dois anos. E, regularmente se envolvia em confusões pelo seu comportamento excessivo.
Em entrevistas Farley, chegou a dizer que e sentia pressionado a chamar constantemente a atenção, mesmo quando não estava na frente das câmeras. E seu estado de saúde já alarmava seu empresário, que expressou publicamente preocupação com o bem-estar do comediante, antes mesmo da tragédia acontecer.
O triste fim
Durante a meteórica e bem sucedida carreira de Farley, ele estava ganhando em torno de 6 milhões de dólares por trabalho. Antes de sua morte, Farley havia gravado dois filmes: Quase Heróis e Dirty Work, ambos foram lançados em 1998.
Em 1997 o declínio na saúde de Farley era evidente, com a voz rouca, transpiração contínua e a pele avermelhada, eram os primeiros sinais de que algo não estava certo. Seu último dia foi uma quinta-feira, 18 de dezembro daquele ano. Ele havia passado a noite com uma prostituta, algo que ele fazia com certa frequência. A mulher chamada Heidi foi contratada para Chris e um amigo por 2 mil dólares, primeiramente eles foram a uma festa, e depois voltaram para o apartamento do ator. Durante a noitada muitas drogas foram consumidas e o homem já estava há quatro dias sem dormir.
No apartamento no edifício Hancock em Chicago, eles usaram crack e heroína, e tentaram ter relações sexuais, mas Chris não conseguia. A mulher já estava ansiosa para ser paga e ir embora, e ela decidiu deixá-lo. Claramente embriagado e sem forças Farley disse quase sem conseguir respirar: “Não me deixe”, em vão, minutos depois ela foi embora.
Seu irmão, John, encontrou-o na tarde do dia seguinte, caído segurando um boné de beisebol e um rosário. Havia sangue saindo do seu nariz e um líquido branco e espumoso de sua boca. John ligou para a emergência, mas Farley já estava morto.
Mais tarde, foi declarado que ele morreu por overdose de cocaína e morfina, e parada cardíaca avançada. Ele tinha 33 anos. Em sua carreira muito breve, os personagens de Chris Farley ainda são amados e lembrados pelo público. E em 2005 o homem ficou eternizado na história do cinema, quando ganhou uma estrela póstuma na calçada da fama.
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