Parte do teto de ouro da Igreja de São Francisco desabou - Reprodução
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Tragédia: Igreja diz que havia solicitado vistoria, enquanto Iphan rebate

Desabamento de teto na Igreja de São Francisco, em Salvador, resulta em morte de Giulia Panchoni Righetto e levanta questões sobre manutenção

Gabriel Marin de Oliveira, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 06/02/2025, às 14h30

Um trágico acidente abalou o centro histórico de Salvador na última quarta-feira, 5. O forro do teto da Igreja e Convento de São Francisco, um dos principais pontos turísticos da cidade, desabou, resultando na morte de uma jovem turista de 26 anos. 

A Igreja de São Francisco, localizada no Pelourinho, disse que havia solicitado ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) uma avaliação técnica da situação do templo apenas dois dias antes do desabamento, conforme uma carta obtida pelo Grupo Aratu.

O diretor do templo, Frei Pedro Júnior Freitas da Silva, expressou na carta a necessidade de uma visita técnica para avaliar a situação e os encaminhamentos necessários para a preservação do local.

Carta enviada pela igreja ao Iphan

 

Responsabilidade própria

No entanto, o superintendente do IPHAN, Hermano Fabricio Oliveira Guanais, afirmou que a gestão da igreja é de responsabilidade da própria instituição, e que o IPHAN não realiza fiscalizações contínuas, agindo apenas quando acionado.

"A gestão desses templos todos são da própria igreja. Não é o poder público que vai alimentar essas ações de fiscalização o tempo inteiro, porque cada proprietário que cuida do seu. Quer dizer, você cobra um ingresso para entrar, então você investe nesse tipo de gestão que faz parte de qualquer outro bem que recebe público", explicou Hermano ao SBT.

Segundo o 'SBT News', o superintendente do IPHAN também esclareceu que não havia um "risco aparente" de desabamento, e que o acidente foi um evento inesperado. Ele ressaltou que a igreja não tinha conhecimento de um problema específico relacionado ao forro do teto.

"Como qualquer tipo de acidente, você não prevê de alguma forma que ele vá acontecer assim dessa forma, então eles não tinham ciência pelo visto que havia um problema relacionado ao forro [especificamente]", apontou ao SBT.

Após o acidente, a Igreja de São Francisco foi interditada e o caso está sendo investigado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Laudos periciais devem esclarecer as causas do desabamento.

A família da turista falecida foi informada e deve chegar a Salvador nos próximos dias para acompanhar as investigações e providenciar o traslado do corpo.

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