O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) embargou parte das obras no Centro Histórico de Natal após descoberta arqueológica
Luiza Lopes Publicado em 06/08/2024, às 11h14
O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) embargou parte das obras de requalificação do Centro Histórico de Natal após a descoberta de itens arqueológicos.
Segundo o g1, foram identificados fragmentos de cerâmicas do cotidiano de épocas passadas, faianças do século 19, fornilhos de cachimbos holandeses do século 17, além de azulejos e outros vestígios.
Os achados ocorreram durante as escavações para a instalação de uma nova tubulação na Rua João Pessoa e Praça Padre João Maria, áreas tombadas. O Iphan determinou a paralisação imediata das obras ao identificar os itens.
Sabemos da importância, mas as obras começaram sem o licenciamento e acompanhamento do Iphan. Tiveram denúncias de pessoas que moram na região, tinham escavações que estavam quebrando e destruindo artefatos arqueológicos", ressaltou João Gentil, superintendente do Iphan/RN, ao g1.
A Secretaria de Mobilidade Urbana de Natal (STTU), responsável pela obra, declarou que colaborará com a catalogação do material arqueológico, conforme as normas do Iphan.
"Estamos discutindo como essa metodologia vai funcionar. Vamos decidir se continuamos escavando ou se concluímos a parte superior, para mais à frente fazer a prospecção arqueológica", disse Newton Filho, engenheiro da STTU, ao g1.
As obras de requalificação da Rua João Pessoa seguem normalmente no trecho entre a Rua Felipe Camarão e a Avenida Deodoro da Fonseca.
Os trabalhos, iniciados há uma semana, têm previsão de duração entre 45 e 60 dias e um custo total de R$ 2,4 milhões. Apesar do embargo, a Prefeitura de Natal espera concluir o empreendimento até o fim do ano, conforme relatado pelo jornal.
