A última vez que uma mulher teve sua sentença de morte efetuada no país foi em 2004
Redação Publicado em 25/07/2023, às 11h03
Na próxima sexta-feira, 28, o governo da Singapura irá executar uma prisioneira mulher pela primeira vez em quase duas décadas — a última foi Yen May Woen, enforcada por tráfico de drogas em 2004.
A próxima mulher que terá sua pena de morte efetuada pelas autoridades do país, aliás, também foi condenada pelo mesmo crime: ela foi presa em 2018 com 30 gramas de cocaína.
Conforme repercutido pelo The Guardian, as leis antidrogas de Singapura são extremamente rígidas, atraindo críticas internacionais.
Não há evidências de que a pena de morte tenha um efeito dissuasor único ou que tenha algum impacto sobre o uso e a disponibilidade de drogas. Enquanto os países ao redor do mundo acabam com a pena de morte e adotam a reforma da política de drogas, as autoridades de Singapura não estão fazendo nada disso", afirmou Chiara Sangiorgio, que é da Anistia Internacional.
Outro problema é que a maioria das pessoas no corredor da morte do país pertenceria a grupos marginalizados — tendo menos recursos financeiros, por exemplo.
As pessoas que estão no corredor da morte são aquelas consideradas dispensáveis tanto pelos chefões do tráfico quanto pelo estado de Singapura. Isso não é algo de que os singapurianos devam se orgulhar", apontou Kirsten Han, jornalista e ativista contrária à pena de morte, também segundo o The Guardian.
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