Série narra a vida de Gypsy Rose após a fama e prisão pelo assassinato da mãe

No cenário atual de casos criminais de ampla repercussão, a história de Gypsy Rose Blanchard se destaca, sendo tema de adaptações cinematográficas e televisivas.

Em 2016, após anos de abusos sofridos em casa, Gypsy declarou-se culpada pelo homicídio de sua mãe, Clauddine "Dee Dee" Blanchard, recebendo uma sentença de 10 anos. Após cumprir sua pena, ela obteve liberdade condicional em dezembro de 2023.

A série "Gypsy Rose: A Vida em Liberdade", uma produção original da Lifetime, composta por oito episódios, documenta a vida de Gypsy após sua libertação. Com lançamento marcado no canal para o próximo domingo, 13, às 23h, o programa oferece uma visão íntima sobre sua reintegração à sociedade, os laços familiares e a dinâmica com seu marido, Ryan Anderson.

A liberdade

A narrativa explora tanto os momentos felizes, quando ela experimenta a liberdade de escolha pela primeira vez, quanto os desafios que enfrenta ao lidar com as consequências de seu passado conturbado.

Os primeiros dias fora da prisão foram tumultuados para Gypsy. Além da atenção indesejada dos paparazzi, ela enfrenta possíveis complicações legais por permanecer no estado do Missouri e questionamentos sobre seu casamento. A produção tem classificação indicativa para maiores de 14 anos.

O crime

A trajetória de Gypsy Rose abalou profundamente os Estados Unidos e ressoou internacionalmente como um enredo digno de um thriller psicológico. Condenada por um crime que chocou a nação, o caso revelou detalhes perturbadores durante o julgamento: Gypsy foi vítima da Síndrome de Munchausen por Procuração. Este transtorno fez com que sua mãe inventasse doenças para atrair atenção e simpatia.

Durante toda sua vida sob o controle de Dee Dee, Gypsy foi falsamente diagnosticada com várias condições médicas. O ambiente em casa era pautado por recompensas e punições rígidas. Dee Dee prometia brinquedos se a filha cooperasse com as visitas hospitalares. No entanto, à medida que Gypsy crescia, a relação se deteriorava, com insultos e até violência física tornando-se frequentes.

Tentativas desesperadas de fuga marcaram a adolescência de Gypsy. Um desses episódios culminou em mais um procedimento médico forjado pela mãe.

Refletindo sobre seus anos na prisão e sessões terapêuticas subsequentes, Gypsy admite que sua mãe não merecia o destino trágico que encontrou. Enquanto isso, Nicholas Godejohn, cúmplice no crime e autor do golpe fatal, cumpre prisão perpétua.