Mural alerta sobre tragédias ambientais - Divulgação/Mundano
Meio-ambiente

Saiba como cinzas e lama de tragédias ambientais viraram arte de rua

Mural do artista Mundano utilizou lama de enchentes e cinzas de queimadas para transmitir uma mensagem alarmante sobre desastres ambientais.

Felipe Sales Gomes, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 24/10/2024, às 15h00

O mais novo mural do artista de rua Mundano mistura inovação e protesto ao utilizar cinzas de queimadas e lama de enchentes do Rio Grande do Sul para transmitir uma mensagem urgente e impactante contra o desmatamento.

Inaugurada na última quarta-feira, 23, a obra de 48 por 30 metros foi pintada na lateral de um prédio de 11 andares no centro de São Paulo. A peça retrata troncos de árvores queimadas em uma floresta devastada e o rosto de uma indígena segurando uma placa em inglês com a frase: “Pare a Destruição”.

Sobre a obra

As cores do mural foram criadas a partir das cinzas de queimadas que ocorreram em várias regiões do Brasil, incluindo a Amazônia. Mundano também incorporou lama das enchentes que atingiram o sul do país no início do ano.

A mulher representada no mural é Alessandra Korap Munduruku, líder indígena que conduziu uma campanha vitoriosa contra a exploração de terras ancestrais pela mineração, tendo recebido, por isso, o Prêmio Ambiental Goldman em 2023.

Além de cinzas e lama, o artista usou argila de reservas indígenas que lutam pelo reconhecimento de seus direitos à terra, frequentemente em conflito com agricultores. O mural também apresenta tinta feita de urucum, um fruto vermelho utilizado como pintura corporal por tribos da Amazônia.

O projeto de Mundano é uma parceria com a organização sem fins lucrativos Stand.earth, que financiou a criação do mural.

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