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Notícias / Psicopatas

Psicopatia e 'cegueira emocional': Entenda o que é alexitimia

Estudo revela que a dificuldade de psicopatas em sentir empatia pode estar relacionada à incapacidade de reconhecer suas próprias emoções

Gabriel Marin de Oliveira, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 24/10/2024, às 18h30

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Imagem ilustrativa de um distúrbio mental - Getty Images
Imagem ilustrativa de um distúrbio mental - Getty Images

Uma nova pesquisa do Instituto Max Planck, na Alemanha, pode ter desvendado um dos mistérios da psicopatia: a dificuldade desses indivíduos em sentir empatia e controlar suas emoções.

Segundo o estudo, publicado na revista científica PLOS ONE, a resposta pode estar na alexitimia, uma condição caracterizada pela incapacidade de identificar e descrever as próprias emoções.

Traços como ousadia, maldade e desinibição são comumente associados à psicopatia. No entanto, o novo estudo sugere que a dificuldade de psicopatas em se conectar emocionalmente com os outros pode ter raízes mais profundas.

Ao comparar um grupo de pessoas com traços psicopáticos com um grupo de controle, os pesquisadores descobriram que os primeiros também apresentavam níveis significativamente mais altos de alexitimia.

A alexitimia faz com que as pessoas interpretem suas emoções como sensações físicas, como desconforto ou dor. Essa dificuldade em reconhecer e expressar sentimentos pode dificultar a construção de relações interpessoais e o desenvolvimento de empatia.

"Para nós, como cientistas, isso levantou a questão: a psicopatia está relacionada à alexitimia e, em caso afirmativo, essa relação poderia (ao menos em parte) explicar os muitos outros déficits emocionais frequentemente observados na psicopatia?", questiona Matthias Burghart, pós-doutorando no instituto, no estudo.

Novas perspectivas

Os resultados da pesquisa abrem novas perspectivas para o tratamento da psicopatia. Ao identificar a alexitimia como um fator potencialmente contribuinte, os pesquisadores sugerem que terapias focadas em melhorar a consciência emocional podem ser benéficas para esses indivíduos.

"Se essas pessoas conseguirem reconhecer e descrever suas próprias emoções, sua empatia e capacidade de regular suas emoções também podem melhorar", afirma Burghart.

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