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Notícias / Brasil

Parque no Mato Grosso perde 10 mil campos de futebol um mês com queimadas

Mais de 9 mil hectares de floresta foram destruídos pelas chamas no Parque Estadual Cristalino II, no estado do Mato Grosso, desde o início de agosto

por Giovanna Gomes
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Publicado em 10/09/2024, às 11h00

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Parque Estadual Cristalino II, no Mato Grosso, em chamas - Divulgação
Parque Estadual Cristalino II, no Mato Grosso, em chamas - Divulgação

Mais de 9 mil hectares de floresta, equivalentes a mais de 10 mil campos de futebol, foram destruídos pelas chamas no Parque Estadual Cristalino II, no Mato Grosso, desde o início de agosto. Essa unidade de conservação, uma das principais do estado, deveria atuar como barreira contra o avanço do "arco do desmatamento" da Amazônia mato-grossense, mas enfrenta pressões constantes.

Em abril, uma decisão judicial retirou sua proteção ambiental temporariamente, após uma ação movida por uma empresa agropecuária que questiona a legalidade de sua criação. De acordo com informações do portal O Globo, o caso segue em conciliação.

Mato Grosso lidera o ranking de focos de calor no Brasil em 2024, com 21% das 159 mil queimadas registradas no país, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

No Parque Cristalino II, 9.440 hectares já foram queimados até o domingo, 8, conforme dados das ONGs Observa MT e Instituto Centro de Vida. Para efeito de comparação, a Área de Proteção Ambiental (APA) Triunfo do Xingu, no Pará, foi a mais desmatada do Brasil em 2023, com a perda de 24 mil hectares.

Plano de prevenção

Na quinta-feira passada, 5, ONGs solicitaram ao governo estadual que o Parque Cristalino II seja incluído no plano de prevenção e combate a incêndios na Amazônia, conforme determinação do Supremo Tribunal Federal (STF). Nesta terça-feira (10), o governo federal prometeu apresentar seu plano de ação.

As queimadas no Cristalino II, que abrange 118 mil hectares entre Alta Floresta e Novo Mundo, se intensificaram em agosto, destruindo também áreas ao redor e afetando o vizinho Cristalino I. O fogo em 2024 já é mais devastador do que o de 2022, impactando o meio ambiente e contribuindo para o aquecimento global, alerta Edilene Amaral, consultora jurídica do Observa-MT.