De difícil acesso a olho nu, esses desenhos pré-incaicos representam desde abstrações até uma figura conhecida como Felino Emplumado
André Nogueira Publicado em 28/01/2020, às 10h00 - Atualizado às 11h10
Os ornamentos de um enorme monumento monolítico peruano foram finalmente mapeados. Este artefato de 2.000 anos já era conhecido pelos locais e já havia sido relatado por exploradores, mas somente agora uma digitalização da superfície através do scanner Artec revelou desenhos muito difíceis de serem distinguidos a olho nu.
A digitalização em verde torna as imagens mais visíveis. Nestes ornamentos, é possível localizar redemoinhos e padrões circulares que acompanham o desenho de presas associadas a uma figura que os arqueólogos chamam de “ente felina emplumada”. O padrão, ao mesmo tempo, é abstrato.
A partir de Leymebamba, "nós caminhamos, corremos, montamos cavalos através de selvas de 1.800 metros até 4.000 m até esta aldeia remota onde literalmente ninguém vai", disse Jason Kleinhenz, engenheiro que examinou a pedra, à Live Science. A localização do artefato é de difícil acesso. Arqueólogos envolvidos na expedição temem que as forças naturais causem erosão no objeto a ponto da interferência antrópica se perder.
"Era como ir de férias em uma ilha, com tudo reservado, mas talvez a ilha não esteja lá", disse Daniel Fernandez-Davila, arqueólogo especializado na região. Segundo ele, a figura felina com penas indica que o objeto é original do Período Formativo, entre 200 a.C. e 200 d. C.
"É icônico... apenas pessoas desse período podem esculpir da maneira que é mostrada no monólito”, complementa Davila. De acordo com sua explicação, a pedra é de um material que não é natural da região, o que significa que ela teria sido arrastada até lá, num movimento de organização social: “um esforço comunitário definitivamente".
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