O monumento que homenageava uma controversa figura foi retirado da Virgínia nesta quarta-feira, 8
Redação Publicado em 08/09/2021, às 15h50 - Atualizado às 15h54
Muitos cidadãos americanos comemoraram, na manhã desta quarta-feira, 8, a retirada da estátua de uma figura polêmica que, desde 1890, foi exibida em uma importante avenida do centro de Richmond, Virgínia, a Monument.
Conforme o The New York Times, eram 8h54 (horário local), quando um homem usando roupa laranja acenou com os braços, dando sinal para a remoção do monumento que homenageava o general sulista Robert E. Lee.
Com mais de 6 metros de altura e 12 toneladas, a estátua de um homem montado em seu cavalo representava mais do que uma simples figura, mas todo um passado racista e escravocrata.
Assim, segundo a mesma fonte, uma pequena multidão se concentrou para ver a retirada da escultura.
Comemorando o ocorrido, um apresentador de programa de rádio e ativista do movimento negro chamado Gary Flowers declarou: “Como nativo de Richmond, quero dizer que a 'cabeça da cobra foi removida'”.
Emocionado, ele afirmou ainda que diria às fotos de seus parentes mortos que "a humilhação, a agonia e a dor" que eles sofreram haviam sido "parcialmente dissipadas".
Conforme informações da revista Veja, Robert E. Lee foi o responsável por liderar as forças que lutaram pelos Estados Confederados durante a Guerra Civil Americana, que se deu entre 1861 e 1865.
Esses Estados, 11 ao todo, eram contrários à abolição da escravidão e, com a eleição do abolicionista Abraham Lincoln para presidente, decidiram se desvincilhar do restante do país, dando início a um sangrento conflito.
O militar era conhecido por suas táticas agressivas durante as batalhas que se desenvolveram ao longo da guerra e que deixaram um elevado montante de óbitos.
Por esse motivo, Robert E. Lee, é lembrado hoje por como um dos maiores símbolos do racismo nos EUA. Documentos comprovam sua crueldade para com seus escravos.
Estes foram herdados após a morte de seu sogro, George Washington Parke Custis, quem era também um dos maiores donos de escravos do país à época.
Após o fim da Guerra Civil, o general afirmou estar arrependido e acabou por escrever cartas nas quais dizia que a escravidão era “um mal político e moral”.
Ele ainda chegou a defender a união dos estados americanos de modo que a nação progredisse contrariamente aos ideais que defendeu durante o conflito.
Hoje, existem inúmeras escolas, avenidas e estátuas em homenagem a Lee nos EUA, principalmente na região Sul do país, onde históricamente ele foi considerado um grande herói.
Nos últimos anos, a polêmica ressurgiu em razão dos movimentos que buscavam retirar homenagens feitas a figuras escravistas do passado americano.
Principalmente grupos racistas e nacionalistas não concordaram com a ideia, gerando diversos conflitos insólitos, como o lamentável episódio ocorrido em Charlottesville no ano de 2017. A estátua de Lee, retirada hoje, era a última que restava entre as homenagens polêmicas no estado da Virgínia.
Polícia apreende 40 toneladas de chifres de veado em armazém ilegal na Argentina
Harry viajará ao Reino Unido, mas Charles está "farto" do filho mais novo
Oscar 2025: Fernanda Torres é candidata ao prêmio de Melhor Atriz por 'Ainda Estou Aqui'
Mulher sofre queimaduras graves ao cair em poço de água termal em Yellowstone
O 'código secreto' de Kate Middleton para chamar atenção dos filhos em público
Titan: Vídeo mostra momento exato em que destroços do submarino são encontrados