Print das mensagens da professora bolsonarista em grupo de Whatssap - Reprodução / Instagram:@uneoficial
Professora

Professora bolsonarista que expulsou alunos de laboratório é demitida por assédio

A professora bolsonarista desistiu de orientar os alunos, alegando que eles eram "esquerdistas"

Redação Publicado em 29/11/2022, às 14h38

Uma professora da Universidade Federal do Amapá (Unifap), depois de desistir de orientar dois alunos justificando que eles eram “esquerdistas”, foi desligada do Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade e Biotecnologia (Rede Bionorte) pela sindicância,  que considerou o caso como de assédio.

A professora  Sheylla Susan Almeida segue sendo alvo de Processo Administrativo Disciplinar (PAD) na Unifap, que corre sob sigilo. Depois de desistir de orientar os alunos, ela também os expulsou os alunos do laboratório de doutorado. 

A decisão foi tomada pela Rede Bionorte em 9 de novembro, mas apenas se tornou pública no último final de semana. O caso foi avaliado por uma comissão, que descredenciou a professora das atividades do curso de pós. 

Sheylla foi descredenciada e proibida de participar de reuniões do programa, comissões e de dar aulas. Débora, uma das alunas que foi vítima dos atos de assédio, foi autorizada a mudar de orientador. Só poderão continuar com a professora os alunos que estiverem em orientação.  

Expulsando alunos "esquerdistas"

Os atos de assédio foram praticados contra os alunos Débora Arraes, que é professora na Universidade do Estado do Amapá (Ueap), e Líbio Tapajós Mota, também professor. Ela contou, como informado pelo G1, que foi avisada da desistência da orientadora após o resultado das eleições em 2º turno.

O anúncio do caso foi dado em 2 de novembro em um grupo do curso, em um aplicativo de mensagens. Ela também afirmou nessas que, caso houvessem outros "esquerdistas", eles também poderiam pedir para serem desligados da orientação. 

Procurem outro professor para orientar vcs. Amanhã estarei entregando a carta de desistência da orientação de vcs. Não quero esquerdistas no laboratório. Portanto, sigam a vida de vcs. E que Deus os abençoe. Se tiver mais algum esquerdista, que faça o favor de pedir desligamento. Ou estão comigo, ou contra mim [sic]", escreveu.

Ela posteriormente pediu desculpas aos alunos através de uma nota em suas redes sociais, alegando que "se excedeu nas palavras". 

Esquerda assédio professora Bionorte Universidade Federal do Amapá

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