Encontrado em Israel há 40 anos, o artefato era usado por mulheres e crianças para afastar o temido mau-olhado
Pamela Malva Publicado em 03/06/2021, às 18h30
Há cerca de 40 anos, um impressionante amuleto de 1,5 mil anos foi encontrado em Arbel, Israel. Agora, pela primeira vez em décadas, o artefato conhecido como o ‘Selo de Salomão’ está sendo mostrado ao público, segundo informações do Daily Mail.
Em formato de triângulo, a peça tem a figura de um cavaleiro e incrições em grego que se traduzem para “O Deus que Vence o Mal”, segundo explicou a Autoridade de Antiguidades de Israel (IAA), no Facebook. Por isso, os arqueólogos do país acreditam que o amuleto era usado para proteger mulheres e crianças contra o “mau-olhado”.
Ainda mais, verificou-se que a imagem do cavaleiro está atacando uma figura feminina que, segundo os arqueólogos, seria Gello, um ser mitológica que, de acordo com seu mito, atacava mulheres e crianças, causando infertilidade e abortos espontâneos.
“O amuleto faz parte de um grupo de amuletos do século V ao VI do Levante que provavelmente foram produzidos na Galiléia e no Líbano”, explicou o Dr. Eitan Klein, vice-diretor da Unidade de Prevenção de Roubo de Antiguidades da IAA, ainda no post.
Não se sabe, no entanto, quem eram os donos do amuleto, explicou o Dr. Klein em entrevista ao Haaretz. Isso porque “pingentes anti-demônio desse tipo” eram usados por judeus, cristãos e até gnósticos (um grupo místico relacionado ao Cristianismo primitivo).
Descobertas arqueológicas milenares sempre impressionam, pois, além de revelar objetos inestimáveis, elas também, de certa forma, nos ensinam sobre como tal sociedade estudada se desenvolveu e se consolidou ao longo da história.
Sem dúvida nenhuma, uma das que mais chamam a atenção ainda hoje é a dos egípcios antigos. Permeados por crendices em supostas maldições e pela completa admiração em grandes figuras como Cleópatra e Tutancâmon, o Egito gera curiosidade por ser berço de uma das civilizações que foram uma das bases da história humana e, principalmente, pelos diversos achados de pesquisadores e arqueólogos nas últimas décadas.
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