Fiéis, incluindo crianças, foram resgatados pelas autoridades após ficarem presos na Nigéria por meses
Redação Publicado em 04/07/2022, às 13h58
A polícia do estado de Ondo, sudoeste da Nigéria, resgatou 77 pessoas, incluindo crianças, que estavam sendo presas há meses em uma igreja por um pastor local sob a justificativa de que estariam esperando pela “Segunda Vinda de Jesus Cristo para a Terra”.
Segundo a assessora de imprensa da polícia, Funmilayo Odunlami, Josiah Peter Asumosa, pastor assistente da igreja local, havia informado aos fiéis que o “retorno” de Jesus aconteceria em abril, mas, posteriormente, que a data havia sido mudada para setembro.
“A investigação preliminar revelou que Josiah Peter Asumosa, pastor assistente da igreja, foi quem disse aos membros que o Arrebatamento cristão ocorreria em abril, mas depois disse que foi alterado para setembro de 2022 e obrigou os jovens membros que obedecessem 'apenas seus pais no Senhor'”, explicou Odunlami à BBC.
O grupo foi encontrado pelas autoridades após queixas de algumas famílias que buscaram a polícia local após o desaparecimento de seus filhos. Os familiares afirmavam acreditar que eles estavam na igreja.
Como informou o jornal O Globo, foram resgatados 43 adultos, oito adolescentes e 26 crianças do local, que consistia em um apartamento no subsolo da igreja, situada no sudoeste do país.
“Uma família que também estava por perto durante o resgate disse que a filha abandonou a escola devido aos ensinamentos duvidosos do pastor e saiu de casa em janeiro para começar a viver na igreja”, acrescentou Odunlami.
De acordo com a publicação, a “Segunda Vinda de Jesus Cristo para a Terra” é um termo conhecido para a crença cristão de que Jesus voltará para a Terra depois de ascender aos céus. Enquanto o “Arrebatamento cristão” seria a ida dos cristãos aos céus com a chegada do Salvador.
A expectativa é que pastor da igreja pentecostal, David Anifowoshe, e Josiah Peter Asumosa, seu pastor assistente, sejam investigados pelo caso e respondam criminalmente. Eles já foram presos pelas autoridades da Nigéria.
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