Cientistas sugeriram a hipótese de que a rocha, que caiu em Chelyabinsk há 9 anos, se originou de um asteroide envolvido no impacto que formou o satélite natural
Isabela Barreiros Publicado em 08/03/2022, às 12h21
O meteorito que caiu na cidade russa de Chelyabinsk em 2013 pode ter se formado a partir de um asteroide que teria se envolvido em uma grande colisão responsável por originar a Lua, sugerem cientistas em um novo artigo.
A hipótese foi desenvolvida por pesquisadores da Universidade de Cambridge, em parceria com a Open University e a Academia Chinesa de Ciências, que realizaram uma análise microscópica na rocha, descrevendo os resultados no periódico Communications Earth & Environment.
A partir da técnica, foi possível realizar uma datação do tipo “por urânio com chumbo” da colisão de asteroides e corpos planetários durante a existência do nosso Sistema Solar, entendendo como os minerais do meteorito foram danificados pelos impactos.
No estudo, o foco foi descobrir em quanto tempo os isótopos começaram a se decompor em outros, analisando os minerais da rocha e percebendo evidências de um impacto mais antigo no meteorito.
“Os fosfatos na maioria dos meteoritos primitivos são alvos fantásticos para datar os eventos de choque experimentados pelos meteoritos em seus corpos de origem”, explicou Sen Hu, especialista responsável a medição, em nota repercutida pela revista Galileu.
A principal hipótese é que os materiais tenham sido quebrados ou ao menos fortemente deformados em decorrência de elevadas temperaturas e pressões durante o choque de 4,5 bilhões de anos atrás, que intriga muito a ciência, período em que pode ter surgido o sistema Terra-Lua.
Outro impacto menor teria ocorrido 50 milhões de anos depois e provavelmente retirou o meteorito de seu asteroide e o lançou para a Terra, chegando até a cidade de Chelyabinsk. Os impactos datados reforçam teses de asteroides sofrendo colisões de energia nesses períodos.
“O fato de todos esses asteroides registrarem intenso derretimento neste momento pode indicar a reorganização do Sistema Solar, resultante da formação Terra-Lua ou talvez dos movimentos orbitais de planetas gigantes”, afirmou Craig Walter, líder do estudo.
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