Icônico manto usado pelo rei da Macedônia pode ter sido encontrado no Grande Túmulo de Vergina, no norte da Grécia; entenda!
Giovanna Gomes Publicado em 01/11/2024, às 07h33
Uma das vestimentas mais icônicas da antiguidade pode ter sido descoberta no Grande Túmulo de Vergina, no norte da Grécia, segundo um estudo conduzido por pesquisadores da Universidade Demócrito da Trácia. A peça em questão seria um manto usado por Alexandre, O Grande, famoso rei da Macedônia e um dos maiores conquistadores de todos os tempos. A descoberta, apresentada pelo pesquisador Antonis Bartsiokas, foi publicada no Journal of Field Archaeology.
De acordo com informações do portal O Globo, esse manto, conhecido como chiton ou sarapis, era tradicionalmente púrpura, representando poder e exclusividade para a realeza macedônica. Alexandre é frequentemente associado a essa cor, que adotou como um símbolo de seu status, como relatado pelo autor grego Eohippus de Olynthus, que descreveu o rei trajando o púrpura em quase todas as suas aparições públicas.
Bartsiokas dedicou-se ao exame microscópico de fragmentos de tecido roxo e branco encontrados no chamado Túmulo Real II, onde está um larnax (baú dourado) que abriga os ossos de Filipe III Arrideu, meio-irmão de Alexandre. Originalmente, acreditava-se que o tecido envolvia apenas os restos mortais de Arrideu, mas Bartsiokas propõe que o material pode, de fato, ter pertencido ao próprio Alexandre.
Tingido de roxo com uma parte central branca, possivelmente branqueada com huntita, o tecido corresponde às descrições da vestimenta sagrada conhecida como mesoleucon sarapis, atribuída a Alexandre.
No mesmo túmulo, o rei da Macedônia é retratado usando o chiton em uma cena de caça a um leão, complementado por um chapéu roxo chamado kausia e um diadema reservado à realeza macedônica. Esta imagem icônica representa o momento em que Alexandre aplica o golpe fatal no animal, reforçando seu papel como líder e guerreiro.
A descoberta revive o debate em torno dos Túmulos Reais de Vergina, foco de discussões entre acadêmicos há décadas. Embora o Grande Túmulo tenha sido escavado em 1977, a identificação dos ocupantes tornou-se mais precisa apenas em 2023. No entanto, o paradeiro do túmulo do próprio Alexandre, falecido na Babilônia em 323 a.C., segue desconhecido.
Bartsiokas argumenta que o tecido encontrado não é uma simples mortalha, mas um símbolo de autoridade usado pessoalmente pelo rei e faraó. Para apoiar sua tese, ele observa que o Túmulo II contém uma representação visual de Alexandre trajando vestes semelhantes às do larnax de Arrideu.
Segundo o pesquisador, é possível que o manto de Alexandre tenha sido enterrado com Arrideu, último rei da dinastia Argéada, falecido em 316 a.C.
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