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Notícias / Ciência

Rosto de faraó egípcio Seqenenre-Taa-II é recriado por brasileiro através de múmia

A múmia do então faraó serviu de base para designer brasileiro recriar seu rosto usando reconstrução facial forense; veja mais!

por Isabelly de Lima

Publicado em 04/06/2024, às 08h59

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A reconstrução facial do faraó - Reprodução / Cícero Moraes
A reconstrução facial do faraó - Reprodução / Cícero Moraes

No Egito Antigo, entre 1558 e 1553 a.C., reinou um faraó conhecido por sua bravura: Seqenenre-Taa-II. Apesar de seu curto reinado, marcado por conflitos com os hicsos, seu legado permanece vivo até hoje. Sua múmia, estudada desde 1886, guarda segredos que, agora, começam a ser revelados.

Em um esforço conjunto, o designer 3D brasileiroCícero Moraes e o arqueólogo suíço Michael Habicht embarcaram em uma missão intrigante: desvendar a aparência de Seqenenre-Taa-II. Através da técnica de aproximação e reconstrução facial forense, utilizando softwares especializados, eles deram vida ao rosto do faraó, permitindo que o mundo o visse como nunca antes.

Resultado da reconstrução final de quando ele ainda estava em boas condições de vida - Reprodução / Cícero Moraes

Conhecido como “o bravo”, as imagens geradas por Moraes e Habicht, publicadas na revista OrtogOnLineMag, retratam um homem de aproximadamente 1,67m de altura e 40 anos de idade, com feições que refletem a bravura que lhe rendeu o apelido.

Um ferimento profundo acima da sobrancelha, possivelmente causado por um golpe de machado, marca seu rosto e serve como um lembrete dos desafios que enfrentou em vida, de acordo com a Galileu.

Técnica inovadora

A técnica utilizada por Moraes e Habicht baseia-se na análise do crânio do indivíduo para gerar uma aproximação de sua face. Através de softwares como Inkscape e Blender 3D, e com a ajuda de tomografias computadorizadas de indivíduos contemporâneos, eles foram capazes de reconstruir o crânio de Seqenenre-Taa-II em 3D, levando em consideração as deformidades causadas pelo ferimento fatal.

Reconstrução do rosto com as feridas de machado - Reprodução / Cícero Moraes

Para além da reconstrução óssea, os pesquisadores também se dedicaram a outros aspectos da aparência do faraó. Cabelos pretos, cacheados e finos, conforme descrito em registros históricos, foram cuidadosamente recriados. A cor da pele, por sua vez, foi definida com base na pigmentação observada em representações artísticas da época.