No último domingo, 11, população entoou gritos como “Liberdade” e “abaixo a Ditadura”
Fabio Previdelli Publicado em 12/07/2021, às 09h43
No último domingo, 11, conforme relatou a AFP, milhares de pessoas foram às ruas, em Cuba, para protestar contra o Governo. Com gritos como “liberdade” e “abaixo a ditadura”, cubanos mostraram sua insatisfação contra a crise que o país vive e as restrições impostas para impedir a disseminação do novo coronavírus.
Além disso, aponta a Reuters, o governo também foi criticado por negligência em ambos os casos. Até o momento, cerca de 7,16 milhões de doses da vacina contra a Covid foram aplicadas no país, de acordo com dados da Our World In Data — o que representa pouco mais de 15% da população.
Em resposta aos atos, que são raros na ilha, Miguel Díaz-Canel, primeiro-secretário do Partido Comunista de Cuba e dirigente do país, acusou os Estados Unidos de estarem por trás das manifestações.
"Estamos convocando todos os revolucionários do país, todos os comunistas, a irem às ruas onde existirem esforços para produzir essas provocações", declarou Diáz-Canel horas após os protestos.
Segundo relatou a AFP, já no começo da noite, veículos das forças especiais, que possuem metralhadoras acopladas, passaram a circular pelas ruas de Havana, capital do país. Pessoas que se reuniram no centro da cidade acabaram presas após alguns episódios de tumulto e brigas.
De acordo com um repórter da Reuters, que cobriu os protestos, a polícia cubana chegou a lançar spray de pimenta contra os manifestantes, porém, as forças de segurança não tentaram impedir a multidão que gritava por “liberdade” e abafava os gritos de “Fidel”, que eram clamados por opositores.
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