Baldacchino di San Pietro - Jorge Royan via Wikimedia Commons
Vaticano

Homem é preso após tentar vender manuscrito roubado ao Vaticano

Sujeito foi detido ao tentar vender manuscrito roubado de Gian Lorenzo Bernini para a Fábrica de São Pedro; de onde o documento pode ter sido subtraído

Fabio Previdelli Publicado em 06/06/2024, às 10h40 - Atualizado em 07/06/2024, às 16h13

Desde o dia 27 de maio, um ex-funcionário da Fábrica de São Pedro está preso no Vaticano sob acusação de tentar vender um manuscrito roubado do artista italiano Gian Lorenzo Bernini.

Ainda não se sabe se o item pertencia ao próprio acervo do Vaticano ou era de uma coleção particular, mas segundo a imprensa local, conforme repercutido pela agência ANSA, Alfio Maria Daniele Pergolizzi foi detido e é acusado de recebimento de bens roubados, extorsão e fraude. 

O sujeito, apontou o jornal "Domani", foi historiador de arte e ex-professor, além de chefiar a equipe de comunicação da própria Fábrica de São Pedro por cerca de uma década e meia; entre 1995 e 2011, conforme o UOL.

A prisão

No dia em que foi detido, Alfio Maria Daniele Pergolizzi teve uma reunião marcada com o cardeal Mauro Gambetti — vigário do papa Francisco na Cidade do Vaticano e presidente da Fábrica de São Pedro — para tratar da venda do manuscrito de 18 páginas datado de 1600.

Na ocasião, ele esteve acompanhado de outra pessoa para dar mais detalhes dos escritos, que davas especificações técnicas sobre o ouro necessário para decorar o Baldacchino di San Pietro — dossel feito pelo próprio Bernini e que atualmente está em restauração — na Basílica de São Pedro.  

No entanto, o encontro serviu apenas como uma isca para deter Pergolizzi. A ANSA aponta que o cardeal não só demonstrou interesse na compra como também ofereceu um cheque de 120 mil euros para o ex-funcionário.

Mas ao sair do local, Alfio Maria Daniele Pergolizzi e a pessoa que o acompanhava foram detidos pelos gendarmes na frente da residência oficial do Papa, na Piazza Santa Marta. Depois de ser interrogado, o sujeito foi preso e, agora, as autoridades do Vaticano continuam a investigação. 

Os promotores trabalham com a possibilidade principal de que o documento teria sido subtraído do próprio acervo da Fábrica de São Pedro, por Pergolizzi ou por outra pessoa que faça parte da ação. Após isso, o sujeito teria tentado revender o manuscrito para a própria instituição.

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