Imagem das “bombas de trovão”, que eram elaboradas a partir de conchas de cerâmica - Licença Crative Commons, via Wikimedia Commons
Arqueologia

Granadas de pedra da dinastia Ming são encontradas na Grande Muralha da China

Especialistas apontaram que esta é a primeira vez em que armas deste tipo foram encontradas na Grande Muralha

Redação Publicado em 26/10/2023, às 17h17

Na Grande Muralha da China, localizada próxima de Pequim, foi revelado um esconderijo de 400 anos com antiguidades como granadas de pedra e inscrições, estas últimas serviam para alertar os guardas para permanecerem vigilantes contra possíveis ameaças inimigas.

De acordo com Tonio Andrade, professor de história da Universidade Emory, em Atlanta, esta revelação evidencia a diversidade de armas de pólvora utilizadas durante o governo da dinastia Ming, que governou a China de 1368 a 1644.

Andrade, autor da obra “A Era da Pólvora: China, Inovação Militar e a Ascensão do Ocidente na História Mundial”, afirmou ao portal Live Science que “a dinastia Ming foi o primeiro 'Império da Pólvora' do mundo”.

Ele também explicou que especialistas acreditam que a pólvora tenha sido inventada pelos chineses nos anos 900. No início da dinastia Ming, muitas armas do Leste Asiático já utilizavam a pólvora em dispositivos com nomes fantasiosos como “tijolos de fogo”, “ratos voadores” e “bombas mágicas voadoras de areia com dez mil disparos”, completou Andrade.

Descobertas

A agência de notícias estatal, Xinhua, divulgou que os arqueólogos encontraram 59 granadas de pedra nos destroços de um armazém próximo à Grande Muralha de Badaling, um trecho que foi erguido pela dinastia Ming e fica localizado a cerca de 80 quilômetros a noroeste da capital chinesa.

Até agora, nenhuma imagem dos objetos foi compartilhada. Porém, é provável que eles sejam similares as “bombas de trovão”, elaboradas no mesmo período a partir de conchas de cerâmica. Já as granadas encontradas em Badaling foram produzidas com pedras ocas, cujas cavidades eram preenchidas com pólvora. 

Uma vez carregados, os projéteis eram “selados e lançados, não apenas atingir o inimigo, mas também causar uma explosão”, explicou Shang Heng, pesquisador do Instituto de Arqueologia de Pequim, à Xinhua. Ele também apontou que esta é a primeira vez que um armazém de armas desse tipo é descoberto na Grande Muralha.

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