Os comediantes Fábio Porchat e Leo Lins, respectivamente - Reprodução/Instagram
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Fábio Porchat defende comediante Leo Lins após críticas: 'nada disso é crime'

Após piadas polêmicas de Leo Lins serem removidas, Fábio Porchat defende comediante e rebate críticas

Éric Moreira, sob supervisão de Fabio Previdelli Publicado em 18/05/2023, às 11h56

Nesta semana, o comediante Fábio Porchat foi acusado por diversos internautas de cometer preconceito, ao sair em defesa de Leo Lins, também humorista que teve vídeo censurado pela Justiça. Em publicação no Twitter, Porchat aponta o que considera ser o limite para o humor, um tema tão discutido nos últimos anos:

É evidente que eu sou contra o racismo e, inclusive, sou muito aliado nessa luta faz tempo. Eu já falei mil vezes, em todas as entrevistas que dei, que o tal do limite do humor é a Constituição", aponta.

Em sequência, ele defendeu Leo Lins, alegando que as piadas que o colega fez não constituíam crime: "Eu sempre disse e sigo dizendo que acho ruim fazer um tipo de piada ofensiva, acho triste, acho velho, acho desagradável, mas nada disso é crime. Enquanto não for crime, pode."

O comediante ainda afirmou que considera que a liberdade de expressão possibilita, de fato, que as piadas com minorias sejam feitas. Porém, mesmo que algumas pessoas façam uso desse direito para ofender, ainda o defende: "Eu defendo a liberdade de expressão e se tem gente que quer usar essa liberdade para ofender, pena. Mas pode."

É evidente que eu sou contra o racismo e inclusive sou muito aliado nessa luta faz tempo, eu já falei mil vezes em todas as entrevistas que eu dei que o tal do limite do humor é a Constituição. Se é crime não pode. Ponto. E lógico que quem se sentir ofendido pode e deve acionar a…

— Fabio Porchat (@FabioPorchat) May 17, 2023

Polêmica de Leo Lins

A piada em questão de Leo Lins, que foi censurada e vem gerando polêmica na última semana, o humorista fala sobre um "ranking de privilégios que existe hoje na sociedade":

Na base, está o velho. Em cima, está o nordestino pobre. Depois dele, está a mulher grávida, que tem assento especial. Em cima dela, está o gordo que também já tem assento especial. O gordo é uma grávida que se autoengravidou. (...) Em cima do gordo, está o deficiente que tem assento, não pega fila. A prova disso é que um velho nordestino, gordo e deficiente virou presidente."

Agora, de acordo com o site F5, da Folha de S. Paulo, Leo Lins não pode mais sair da cidade de São Paulo sem uma autorização judicial prévia, depois da decisão de que o especial de comédia 'Perturbador' fosse removido de seu canal no YouTube. 

"Já adianto aqui o que eu faço: escrevo piadas, vou na academia, assisto filmes e series e cuido dos meus gatos. Preciso ir lá reportar estes atos que beiram o terrorismo", disse o comediante ironicamente, que considera a decisão da Justiça uma forma de censura.

O show não violou nenhuma norma do YouTube, estava inclusive monetizado. O Ministério Público, que fez o pedido, passou por cima da plataforma e considerou o show como um ato criminoso."

Por enquanto, segundo informado pela assessoria do humorista, ele apenas segue aguardando o julgamento. "Ainda não tem processo criminal. A defesa vê as medidas como censura e já está preparando as medidas cabíveis junto ao Tribunal de Justiça do estado de São Paulo", disse o representante.

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