Exemplo de diário de guerra da Força Expedicionária Britânica - Divulgação/Debra Ramsey/Media, War & Conflict
Primeira Guerra

Estudo reúne relatos de combatentes da Primeira Guerra Mundial em diários oficiais

Comovidos perante a violência da batalha, a pesquisa recorta trechos escritos por soldados; confira

Wallacy Ferrari, sob supervisão de Penélope Coelho Publicado em 16/11/2021, às 09h00

Um novo estudo analisou cuidadosamente as palavras e manifestações de combatentes da Força Expedicionária Britânica durante a Primeira Guerra Mundial (1914 -1918) em documentos oficiais, que inicialmente deveriam registrar passagens logísticas e desdobramentos de guerra, mas, surpreendeu com termos relacionados a sinais de traumas adquiridos nos conflitos.

A análise, promovida pela pesquisadora Debra Ramsay, da Universidade de Exeter, na Inglaterra, enaltece falas encontradas nos documentos expressando individualidade e emoção, sendo notadas descrições de sentimentos negativos em relação ao sofrimento — bem longe da objetividade que a intenção do diário de guerra era destinada.

Os trechos foram reunidos e recém-publicados no jornal científico Media, War and Conflict, parte deles sendo noticiados em reportagem da revista Galileu.

Em um registro de 22 de outubro de 1914 que descreve a vila de Gheluvelt, em Ypres, na Bélgica, um bombardeio é classificado como "furioso" e, posteriormente, o armamento do tiroteio foi descrito como "muito desafiador".

Porém, em outros registros, o desespero foi notado pela pesquisadora com características na escrita, observando trechos cuja a cobertura da violência era tão intensa que a caligrafia oscilava entre uma escrita cursiva e garranchos apressados, além de rabiscos desordenados e trechos inteiramente riscados.

No enredo da publicação científica, a autora enaltece a importância da descoberta:

“Os indivíduos que os utilizam têm sido capazes de expressar sua individualidade dentro da burocracia que está cada vez mais definindo vida e procedimentos militares. Eles nos contam algo sobre a experiência humana de guerras que você não encontra em nenhum outro documento, mas foram esquecidos”.

+Confira a publicação do estudo na íntegra clicando aqui

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