Saburo Nei apoiou uma moça que fugiu da Europa para a Rússia com sua filha, e de lá conseguiu imigrar para o Japão, de forma ilegal
André Nogueira Publicado em 08/06/2020, às 13h37
Foi encontrado um raro documento de visto emitido pelo diplomata Saburo Nei, cônsul na União Soviética. No ofício, Nei permitiu a saída de judeus perseguidos pela Alemanha Nazista. O político ficou famoso por fornecer vistos vitalícios à minoria em sua fuga da Europa.
Esse documento prova que o cônsul permitiu o exílio de perseguidos da Alemanha para o Japão, violando normas do Ministério de Relações Exteriores. A descoberta ocorreu durante a investigação da escritora Akira Kitade, numa pesquisa sobre fugitivos judeus da guerra, a partir de uma foto da neta de uma exilada polonesa.
Segundo o relato, a avó conseguiu chegar a Valdivostok, cidade soviética onde Nei trabalhava, e onde conseguiu fugir para a China, e depois para o Japão com o visto, datado de 28 de fevereiro de 1941. Depois, foi possível viajar para São Francisco, EUA, em 1947. Um registro da existência do documento já era conhecido, mas esse é o primeiro contato com o texto em décadas.
"Sinto-me muito feliz por termos confirmado que Nei executou um ato humanitário assumindo um risco”, afirmou o chefe da Associação de Honra a Saburo Nei, Yoku Nei, em comunicado da instituição.
"Quero que as pessoas aprendam que havia muitos envolvidos com o cuidado da vida de refugiados judeus", afirmou Kitade, em referência a um diplomata japonês da Lituânia que ficou famoso por seu auxílio à fuga de judeus da Europa.
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