Para corrigir “mapas problemáticos”, governo chinês publica regularmente atualizações em seu mapa desde 2006; entenda!
Fabio Previdelli Publicado em 31/08/2023, às 10h46
Na última segunda-feira, 28, a China publicou uma nova versão do mapa do país para corrigir "mapas problemáticos" que deturpam suas fronteiras territoriais, conforme Pequim alegou certa vez. Essas 'atualizações' acontecem com certa frequência desde 2006.
Por conta disso, o governo das Filipinas se mostrou contrário às reivindicações chinesas. Nesta quinta-feira, 31, o país reclamou da inclusão de uma linha tracejada ao redor do Mar do Sul da China, numa região de áreas contestadas.
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Segundo repercute a CNN Brasil, em 2016, um tribunal internacional debateu o tema e deu uma decisão favorável aos filipinos. Portanto, a área demarcada pela China não seria propriedade do país.
[O novo mapa é a] mais recente tentativa de legitimar a suposta soberania e jurisdição da China sobre as características e zonas marítimas das Filipinas [e] não tem base no direito internacional", disse, em comunicado, o departamento de Relações Exteriores das Filipinas.
Mas as Filipinas não são a única nação que não gostou nada do novo mapa publicado pela China. Outros países já haviam se pronunciado publicamente, como foi o caso da Índia. Primeira a falar sobre o assunto, a Índia protestou contra a inclusão do estado indiano de Arunachal Pradesh. Na última terça-feira, 29, eles também reclamaram da incorporação do disputado planalto Aksai-Chin.
"Apresentamos hoje um forte protesto através dos canais diplomáticos com o lado chinês sobre o chamado 'mapa padrão' da China de 2023, que reivindica o território da Índia", declarou Arindam Bagchi, secretário dos Negócios Estrangeiros da Índia, em comunicado. "Rejeitamos essas alegações porque não têm base."
Por fim, o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Malásia também se demonstrou desfavorável às "reivindicações unilaterais" da China, afirmando que o país "é consistente na sua posição de rejeitar as reivindicações de soberania, direitos soberanos e jurisdição de qualquer parte estrangeira sobre as características marítimas da Malásia".
Em resposta, Wang Wenbin, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, concedeu uma entrevista a jornalistas na última quarta, 30, defendendo que as atualizações do mapa eram um "exercício rotineiro de soberania de acordo com a lei".
Esperamos que as partes relevantes possam permanecer objetivas e calmas e evitar interpretar excessivamente a questão", completou.
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