Fotografia de Sharron Prior - Divulgação/Arquivo Pessoal/Yvonne Prior
Assassinato

Brutal assassinato que chocou o Canadá há quase 50 anos é solucionado via DNA

Análises forenses puderam determinar quem era o culpado pelo estupro e homicídio de uma adolescente em 1975

Ingredi Brunato Publicado em 24/05/2023, às 10h35

Em 1975, o brutal estupro e assassinato de Sharron Prior, uma adolescente de apenas 16 anos, chocou a província do Quebec, localizada no Canadá. O cadáver da vítima, que desapareceu a caminho de encontrar os amigos em uma pizzaria de sua vizinhança, foi encontrado em uma área de vegetação próxima. 

Infelizmente, a despeito dos intensos esforços dos detetives, não foi possível encontrar o autor do crime na época. Esse fato, porém, não diminuiu as esperanças de sua mãe, Yvonne Prior, que aguarda há 48 anos por respostas. 

Foi só agora em 2023 que a mulher, já na casa dos 80 anos, finalmente pôde colocar um ponto final nesse capítulo de sua vida: isso pois, após quase meio século, a polícia do Quebec anunciou na última terça-feira, 23, ter finalmente solucionado o assassinato, segundo informações do The Guardian. 

DNA

A grande diferença é que, dessa vez, as autoridades canadenses tem acesso a tecnologias de genealogia forense, um campo de pesquisa que usa a análise de DNA para resolver crimes. 

Assim, após reabrirem a investigação de homicídio, os oficiais ordenaram a exumação do corpo de Franklin Maywood Romine. Suspeito de ter estado por trás do ataque à Sharron, o homem, que faleceu aos 36 anos ainda em 1982, possuía um extenso histórico criminal.

As análises laboratoriais comparando amostras de DNA retiradas do cadáver exumado teriam revelado compatibilidade com os vestígios deixados pelo assassino da adolescente na cena do crime.

Ainda de acordo com o The Guardian, essa seria uma correspondência com "100% de certeza", fazendo com que Romine fosse determinado como o culpado pela morte de Sharron Prior em 1975.  

Em declaração à imprensa, Mark Sorsaia, um promotor de justiça do Quebec, comentou que o episódio de violência representava o "elemento mais maligno da raça humana": 

É uma combinação do elemento mais maligno da raça humana entrando em contato com o elemento mais inocente da raça humana — uma criança (...) Algumas coisas são piores que a morte — perder uma filha assim, para uma família, para uma mãe. Saber que sua filha morreu assim", refletiu o profissional. 
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