O ministro do STF, Alexandre de Moraes, classificou os acontecimentos como "gravíssimos"
Vanessa Centamori Publicado em 22/04/2020, às 13h53
Um inquérito para apurar a organização de atos contra a democracia brasileira, realizados no último domingo, 19, foi aberto sob as as ordens do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
A ação tem como alvo deputados federais, por isso, ficou à cargo do STF. Moraes atendeu a um pedido do procurador-geral da República, Augusto Aras. A busca de provas, solicitadas pelo Ministério Público Federal, foi autorizada pelo ministro do Supremo.
Alexandre de Moraes consideradou como "gravíssimos" os fatos apresentados pela Procuradoria Geral da República (PGR), uma vez que atentam contra o Estado Democrático de Direito brasileiro.
Segundo a avaliação do ministro, é "imprescindível a verificação da existência de organizações e esquemas de financiamento de manifestações contra a Democracia e a divulgação em massa de mensagens atentatórias ao regime republicano".
No último domingo, 19, manifestantes defenderam o fechamento do Congresso, do STF, e pediram a reedição do AI-5, o ato institucional que endureceu o regime militar. Discursou nos atos o presidente Jair Bolsonaro, na frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília. No entanto, Bolsonaro não está entre os alvos do pedido da Procuradoria-Geral da República.
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