Arqueólogos encontraram pinturas rupestres debaixo do Rio Nilo - Divulgação/Ministério Egípcio de Turismo e Antiguidades
Arqueologia

Arqueólogos encontraram gravuras de faraós em área inundada no Egito

Durante expedição em área inundada no Egito, arqueólogos se depararam com representações antigas de faraós; veja detalhes

Gabriel Marin de Oliveira Publicado em 18/07/2024, às 20h03

Uma equipe de arqueólogos franco-egípcios desvendou um "tesouro" arqueológico submerso durante uma expedição no Rio Nilo: gravuras que representam faraós do Egito Antigo, acompanhadas por inscrições hieroglíficas. Os registros foram identificados ao sul de Aswan, em uma área inundada pela construção de uma represa entre 1960 e 1970.

Antes da inundação, a UNESCO tentou registrar e mover o máximo de vestígios arqueológicos da área, no entanto, muitos vestígios permaneceram submersos. 

As representações recém-descobertas incluem faraós como Amenhotep III (1390-1352 a.C.), Tutmés IV (1400-1390 a.C.), Psamtik II (595-589 a.C.) e Apries (589-570 a.C.), governantes das dinastias 18 e 26.

O Ministério do Turismo e Antiguidades do Egito destacou, através da página oficial no Facebook, que as gravuras estão bem preservadas, embora detalhes específicos das inscrições ainda não tenham sido revelados.

Outra gravura identificada na área - Divulgação/Ministério Egípcio de Turismo e Antiguidades

 

Aswan, uma região crucial no Egito Antigo, era muitas vezes a fronteira sul do país e abriga templos importantes, como Abu Simbel, que conta com quatro estátuas colossais de Ramsés II, e o complexo do templo Philae.

Para documentar os achados submersos, a equipe utiliza técnicas avançadas, como fotografia, vídeo e fotogrametria. Esta última envolve tirar dezenas de fotos de um objeto para criar um modelo digital 3D, permitindo uma análise detalhada sem a necessidade de recuperação física dos artefatos.

O que dizem os especialistas?

Segundo o Live Science, a descoberta chamou a atenção de especialistas internacionais. Jitse Dijkstra, professor de estudos clássicos e religiosos na Universidade de Ottawa, destacou o potencial interesse das gravuras, embora tenha enfatizado a necessidade de mais informações para entender seu verdadeiro significado.

Alejandro Jiménez-Serrano, arqueólogo e professor de Egiptologia na Universidade de Jaen lembrou que Aswan era um notável local de pedreira de granito. Ao Live Science, ele teoriza que as rochas poderiam ter sido transportadas para outras partes do Egito ou fazer parte de templos locais.


*Sob supervisão;

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