Após duas temporadas, Globo cancela o programa Linha Direta

Após retornar de 16 anos de hiato, o programa Linha Direta, comandado por Pedro Bial, não terá uma terceira temporada. A Globo optou por cancelar o programa policial devido a questões comerciais, mesmo com a alta qualidade do conteúdo e a boa recepção do público.

A notícia foi divulgada pela coluna Play, do jornal O Globo. De acordo com a jornalista Anna Luiza Santiago, a equipe da atração já foi informada de que não haverá novos episódios em 2025.

A versão atual do programa teve apenas duas temporadas, cada uma com dez episódios. Durante o programa, foram abordados casos de grande repercussão, como os de Eloá Pimentel, Henry Borel e Jeff Machado.

Quatro dos casos apresentados na primeira temporada foram resolvidos graças a denúncias feitas após a exibição dos episódios. Além disso, Tânia Djanira Melo Becker de Lorena, que estava foragida há 17 anos por participar do assassinato da própria filha, foi capturada dois dias após o caso ser exibido no Linha Direta.

Sobre o programa

Inspirado por programas de sucesso nos Estados Unidos, o formato exibia um caso policial por episódio. Transmitido às noites de quinta-feira, cada programa detalhava todos os desdobramentos de um crime real amplamente noticiado, incluindo o processo investigativo e dramatizações baseadas em depoimentos.

A primeira versão foi apresentada por Hélio Costa, e em 1999, Marcelo Rezende assumiu o comando do programa. Domingos Meirelles liderou o Linha Direta a partir de 2002 até o término da atração em 2007.

Durante sua exibição, o programa auxiliou na captura de quase 400 foragidos. Em setembro de 2002, representantes do Centro Brasileiro de Defesa dos Direitos Humanos elogiaram a atração como de utilidade pública. O Linha Direta também apresentou edições especiais sobre casos com elementos sobrenaturais, como o incêndio no Edifício Joelma e a Operação Prato.