Sítio arqueológico conta com pirâmides, palácios e praças, que foram habitados entre os anos 600 e 900 d.C.
Isabela Barreiros Publicado em 28/05/2022, às 10h29
Arqueólogos mexicanos se depararam com ruínas de uma cidade maia perdida em um terreno de obras situado nas proximidades de Mérida, na península mexicana de Yucatán, que deve se tornar um futuro parque industrial.
No sítio arqueológico, batizado de Xiol, foram identificados antigas pirâmides e praças, além de impressionantes palácios que, durante os anos 600 e 900 d.C., podem ter chegado a abrigar mais de 4 mil pessoas.
“Acreditamos que mais de 4.000 pessoas viviam aqui. Havia pessoas de diferentes classes sociais: sacerdotes, escribas, que viviam nesses grandes palácios, e também havia pessoas comuns vivendo em pequenas construções”, explicou o arqueólogo Carlos Peraza, um dos líderes da escavação.
A arquitetura do local possui características semelhantes à observada na cultura maia Puuc, encontrada no sul da península de Yucatán e rara na região de Mérida, onde a cidade foi descoberta, segundo reportaram os pesquisadores à Reuters.
Além das ruínas das enormes construções, também foi possível identificar no sítio arqueológico cemitérios de adultos e crianças, que haviam sido enterrados com ferramentas feitas com pedras obsidianas, assim como oferendas e outros objetos.
Os especialistas acreditam que os antigos moradores da região tenham tido uma alimentação baseada na agricultura, mas complementavam sua dieta com a pesca, que teria sido feita na região costeira próxima, a partir de evidências de vida marinha encontradas no local.
De acordo com os proprietários da terra onde a cidade maia foi encontrada, o parque industrial ainda será erguido no local, mas as descobertas arqueológicas serão preservadas na região.
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