Alfândega francesa impede venda de pintura falsa de Leonardo da Vinci

Recentemente, a polícia da Espanha prendeu um homem em Madri, que teria arquitetado um plano para vender, na Itália, uma pintura falsa de Leonardo da Vinci. A venda seria no valor de 1,3 milhão de euros, mas foi frustrada depois que a alfândega francesa percebeu irregularidades na transação.

Segundo o The Guardian, por mais que o homem tivesse uma licença de exportação, mesmo que a obra fosse verdadeira, ela havia expirado, de forma que a exportação seria ilegal. O quadro que seria vendido, por sua vez, seria um retrato feito por Leonardo da Vinci do aristocrata e comandante militar italiano Gian Giacomo Trivulzio.

Após a alfândega francesa perceber que a licença de exportação havia expirado, agentes do posto de fronteira de Modane contataram a polícia espanhola. Vale mencionar que, embora a licença fosse genuína, ela, por si só, não basta para validar a autenticidade da obra — que estava sendo transportada para venda em Milão.

+ Pintura considerada falsa por 40 anos foi criada em estúdio de Rembrant, aponta análise

Análises

Após o suposto quadro de da Vinci ser recuperado, ele foi enviado ao Museu do Prado, em Madri, para uma análise especializada. "O relatório dos especialistas concluiu que a obra era uma cópia dos retratos milaneses pintados por volta do final do século 15 e início do século 16", informou a polícia em comunicado.

A pintura foi provavelmente pintada, com intenção fraudulenta, no início do século 20. Como tal, seu valor está entre € 3.000 e € 5.000, e a pintura pode ser categoricamente descartada como sendo de Leonardo ou qualquer outro artista italiano da época", conclui as autoridades, em comunicado.

+ Van Meegeren, o falsificador de arte que enganou até nazistas

Um homem envolvido com o caso, um espanhol na faixa dos 40 anos, foi preso em Madri após a conclusão das análises. "Assim que a investigação determinou que este era um suposto caso de contrabando, a prisão foi feita", informou um porta-voz da polícia, conforme repercutido pelo The Guardian.