Em uma exposição realizada em 2022, algumas pinturas foram retiradas pelo FBI sob a alegação de serem falsas e culpados confessaram
O Museu de Arte de Orlando, nos Estados Unidos, anunciou a retirada de seu processo contra cinco coproprietários de telas falsas apresentadas como obras de Jean-Michel Basquiat durante uma exposição em 2022. A decisão mostra um novo capítulo na polêmica que envolveu a instituição e as obras forjadas.
O presidente do conselho do museu, Mark Elliot, explicou a decisão, destacando esforços para reduzir os custos legais da instituição. Elliot afirmou que o foco agora será processar o ex-diretor do museu, Aaron De Groft, a quem responsabiliza pela escolha das obras fraudulentas, segundo a Folha de S. Paulo.
A exposição teve um desfecho abrupto em junho de 2022, quando a Equipe de Crimes Artísticos do FBI apreendeu as telas das paredes do museu. Posteriormente, um leiloeiro de Los Angeles confessou ter falsificado as pinturas em colaboração com um associado.
A ação movida em agosto pelo museu buscava uma indenização não especificada por fraude e conspiração. O processo focava nos coproprietários das obras. Em resposta, De Groft criticou o museu, considerando a perseguição a uma pessoa inocente como "patética" e caracterizando o processo como "frívolo e mesquinho".
Jean-Michel Basquiat foi um pintor e grafiteiro americano, nascido em 1960 e falecido em 1988. Sua breve, mas impactante carreira artística emergiu no cenário urbano de Nova York durante os anos de 1980. Basquiat, conhecido por sua estética neoexpressionista, incorporava símbolos, palavras e imagens abstratas em suas obras, refletindo sua experiência na cultura afro-americana e críticas sociais.