Cordeiro foi liberto na sexta-feira, 21, depois que novas evidências de DNA anularam sua condenação de 1994 pelo assassinato de Timothy Blaisdell
Felipe Sales Gomes, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 25/02/2025, às 17h30
Após 30 anos de prisão por um assassinato que sempre negou ter cometido, Gordon Cordeiro experimentou um momento profundamente emocionante como homem livre: visitar o túmulo de sua mãe no Havaí.
Cordeiro foi liberto na sexta-feira, 21, depois que novas evidências de DNA anularam sua condenação de 1994 pelo assassinato de Timothy Blaisdell em Maui. No sábado, ele falou à imprensa sobre sua recém-conquistada liberdade em uma entrevista por videoconferência.
Sua prisão, ocorrida apenas um mês após a morte de sua mãe, Paulette Cordeiro, vítima de ELA aos 49 anos, adicionou mais dor à sua longa provação. Ao visitar o túmulo dela, pouco após deixar o Centro Correcional Comunitário de Maui, ele expressou sua gratidão: “Obrigado por cuidar de mim. Por me manter seguro.”
Durante seus anos na prisão, Cordeiro pensava frequentemente em sua mãe. Ele lembrou que estava com ela, construindo estantes para a família, quando Blaisdell foi morto a tiros durante um assalto ligado ao tráfico de drogas.
Após sua libertação, ele celebrou com a família, visitou os túmulos de outros parentes e começou a se familiarizar com um mundo bastante mudado desde sua prisão — incluindo a onipresença dos smartphones, uma novidade para quem só tinha um pager em 1994.
A decisão de libertá-lo gerou comoção no tribunal, com suspiros e gritos quando a juíza Kirstin Hamman anulou a sentença. As novas provas de DNA, que excluíram Cordeiro como fonte do material encontrado na cena do crime e revelaram um perfil genético desconhecido nas roupas da vítima, foram decisivas para a anulação.
Apesar da libertação, o promotor público de Maui, Andrew Martin, planeja apelar e solicitar fiança para manter Cordeiro sob custódia. O primeiro julgamento de Cordeiro terminou sem veredicto, com apenas um jurado votando pela condenação, mas no segundo ele foi sentenciado à prisão perpétua sem possibilidade de liberdade condicional.
Agora livre, Cordeiro pretende ajudar na casa de seu pai, consertar carros e contribuir de alguma forma para a comunidade. Ele também começa a se adaptar à tecnologia moderna, explorando pela primeira vez plataformas como Zoom e dispositivos como iPad.
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