Publicado em 21 de fevereiro de 1848, Manifesto Comunista viria a se tornar um dos mais influentes da história
Redação Publicado em 21/02/2021, às 00h00 - Atualizado às 13h37
Há 175 anos, em 21 de fevereiro de 1848, os teóricos Karl Marx e Friedrich Engels publicaram o Manifesto do Partido Comunista, livro que consolidou ideias que perduram até os dias de hoje. Com uma importância histórica incontestável, a obra apresentava críticas à sociedade capitalista e suas formas de funcionamento.
A história de toda sociedade até nossos dias é a história das lutas de classe”, afirmam os autores.
Em um período de mudanças sociais turbulentas, a dupla foi responsável por unificar muitos pensamentos que estavam circulando naquela época. Para relembrar a data, a equipe do site do Aventuras na História separou 5 fatos sobre o Manifesto Comunista. Confira!
O Manifesto Comunista foi originalmente nomeado de 'O Manifesto do Partido Comunista'. Isso porque ele foi escrito por Karl Marx e Friedrich Engels, mas solicitado pela Liga Comunista, uma organização internacional da qual os dois faziam parte.
O grupo consistia em pessoas que faziam parte da classe trabalhadora, principalmente artesãos e operários europeus. Durante suas reuniões, os teóricos passaram a discutir questões de classe, o que acabou gerando a solicitação por uma obra que reunisse todos os conceitos tratados por eles.
Na época em que o Manifesto foi escrito, a Europa era revolvida por ideias revolucionárias: ela era o palco de inúmeras teorias e ideologias. Ainda assim, o livro provou ser inovador porque ele conseguiu consolidar inúmeros conceitos que estavam em discussão.
Foi a primeira vez que os ideais revolucionários foram agrupados em uma obra só. Eles tratavam de temas como a luta de classes entre a burguesia e o proletariado, além da concepção da abolição da propriedade privada. Essa “síntese” se mostrou tão importante que se tornou base de um movimento que persiste até a atualidade.
Como o manuscrito foi uma solicitação de uma liga que contava com pessoas da classe trabalhadora, o livro continha uma linguagem acessível, quase a de um panfleto político. A ideia é que ele pudesse ser entendido pela grande parte da população, quem eles queriam alcançar para realizar a chamada revolução.
Muitos pesquisadores apontam o uso da retórica ao longo de todo o texto. Marx e Engels usaram metáforas, alegorias e mitos da época para conseguirem expor o pensamento teórico de maneira que as pessoas de fato quisessem ler o Manifesto Comunista. A própria abertura do livro é exemplo disso: “Um espectro ronda a Europa — o espectro do comunismo”.
O Manifesto Comunista não surgiu do nada: ele foi fruto do momento histórico em que os autores viveram e, especialmente, do local em que eles estavam. A obra, inclusive, foi publicada pela primeira vez em Londres, na Inglaterra, que era considerada o centro das revoluções, quase o olho do furacão do mundo naquela época.
Foi por estarem em contato com as consequências dessas transformações radicais, que afetaram os trabalhadores de maneira mais árdua, que a construção do pensamento comunista — anunciado pelo Manifesto — foi possível.
Além de apresentarem os conceitos debatidos na época em que o livro estava sendo escrito, a dupla de comunistas também apresentou algumas previsões para o futuro, baseadas nas concepções que tinham das mudanças radicais e da sociedade capitalista no geral.
Eles, de fato, anteciparam alguns eventos: a Revolução francesa de 1848, por exemplo, aconteceu pouco depois de a obra ter sido publicada, comprovando que as sociedades passariam por revoluções.
Eles não puderam imaginar a dimensão do avanço tecnológico e a complexificação das sociedades no mundo contemporâneo.
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