A expressão usada para definir assassinos em série, começou a ser difundida após especialistas entenderem como funciona o comportamento criminoso dessas pessoas
Penélope Coelho Publicado em 29/06/2021, às 14h45 - Atualizado em 09/03/2022, às 14h45
Nomes como o de Ted Bundy; Jack - o estripador; Mary Ann Cotton; Samuel Little; Maníaco do Parque e Bandido da Luz Vermelha, estão na lista dos serial killers internacionais e nacionais mais famosos da história.
Em filmes, séries, documentários, nos noticiários e na mídia, o brasileiro já está acostumado com o termo em inglês, que na tradução literal define assassinos em série. No país, a popularidade do termo se deu principalmente após os crimes cometidos por Francisco de Assis Pereira, o Maníaco do Parque, na década de 1990.
Por ser uma expressão tão difundida, o vocábulo já se tornou comum quando o assunto vem à tona. Contudo, engana-se quem pensa que o termo sempre foi usado. Para que os crimes de assassinos em série fossem definidos, foi necessária muita investigação comportamental.
No final da década de 1960 e início da década de 1970, criminosos norte-americanos como o próprio Bundy e também Wayne Gacy, conhecido como o 'palhaço assassino', já faziam suas vítimas nos Estados Unidos.
Ao longo do tempo, a Unidade de Ciência Comportamental do FBI, sentiu a necessidade de nomear esse tipo de crime, ao perceberem que não se tratava de qualquer espécie de homicídio.
Segundo relatado em uma reportagem publicada pela BBC, em novembro de 2017, foi somente no ano de 1979 que o termo ‘serial killer’ passou a ser usado pelas autoridades norte-americanas. O motivo está intrinsicamente relacionado com investigações do FBI.
Na época, agentes do Departamento Federal de Investigação formularam a expressão após passarem cerca de dez anos entrevistando os criminosos mais famosos dos Estados Unidos.
Com essas entrevistas e análises posteriores, os policiais traçaram características em comum entre eles. Os agentes entenderam que normalmente, nos casos de homicídios em massa, os criminosos apresentavam características violentas, cruéis e sem motivação.
Sendo assim, foram estipulados alguns elementos para que um criminoso seja definido como serial killer: quantidade de vítimas superior a três, alguns intervalos entre os crimes, homicídios geralmente cometidos em diferentes localidades.
De acordo com a psicanalista Julia Bárány, escritora do livro ‘O Mal Disfarçado de Bem: Manual de Sobrevivência para Vítimas de Psicopatas’, não há uma fórmula específica para tentar evitar o surgimento desse tipo de crime ou novos assassinos em série.
Contudo, em entrevista para a BBC, a especialista aponta é importante que a psicopatia seja tratada como problema de saúde pública, principalmente em solo brasileiro.
Já que esse transtorno está presente em boa parte desse tipo de criminosos, como revelou um estudo do Departamento de Psicologia Clínica da Universidade de Columbia.
Irmãos Menendez: Veja 5 momentos chocantes do julgamento de Lyle e Erik
Irmãos Menendez: O familiar que acreditava na versão contada por Lyle e Erik
Titanic: Veja 5 mitos sobre o naufrágio mais famoso da História
"Mama Uganda": Veja a história da mulher que teve 44 filhos
Chaves: Conheça a inusitada inspiração para o Seu Madruga
O que teria acontecido no dia em que Agatha Christie desapareceu?