A jovem de origem curda foi vendida em troca de uma pistola e violentada inúmeras vezes
Muitas mulheres são sequestradas, agredidas e vendidas como escravas sexuais pelo Estado Islâmico (EI), sendo algumas yazidis ou cristãs. A obra Escrava do Estado Islâmico retrata a experiência de Jinan Badel, uma jovem que foi submetida a essas condições desumanas.
O livro foi lançado em 2016, em parceria com o jornalista francês Thierry Oberlé e conta em detalhes a saga de Jinan, que aos 18 anos foi mantida em um cativeiro no Iraque, durante três meses, em 2014. A jovem de origem curda foi agredida sexuamente e psicológicamente por jihadistas.
Os abusos físicos e psicológicos
Durante este período, Jinan foi mantida presa em diversos lugares, sendo um deles em Masul. Ela foi vendida, ainda, para um ex-policial e um imã, que a prenderam em uma residência com outras meninas curdas.
"Se negávamos, éramos agredidas, presas do lado de fora em pleno sol, obrigadas a beber água onde flutuavam ratos mortos. Às vezes, nos submetiam a choques elétricos. Esses homens não são humanos, só pensam em morte, em matar. Usam drogas sem parar. Querem se vingar de todo o mundo. Afirmam que um dia o Estado Islâmico reinará no mundo inteiro", disse Jinan em entrevista à AFP, em 2015.
Constantemente Jinan era reunida a outras dezenas de mulheres, onde eram abusadas sexualmente e expostas a humilhações, devido às suas aparências e crenças. No livro, Badel conta, ainda, que se alguma mulher negasse os tratamentos cruéis, ou questionasse, era agredida e até mesmo morta.
Era comum, ainda, ver compradores iraquianos, sírios, e até mesmo estrangeiros ocidentais, no mercado de escravas sexuais. Quanto mais jovem e bela, maior o preço, sendo estas mulheres reservadas a clientes do Golfo.
Refúgio no Curdistão iraquiano
Durante a entrevista à AFP Jinan recordou que certa vez foi trocada por uma pistola e que seus compradores debochavam e satirizavam sua situação desumana. No entanto, certa noite, a jovem conseguiu fugir do cárcere, após roubar a chave que a mantia presa.
"Se voltarmos aos nossos povoados, haverá outros genocídios contra nós. A única solução seria se tivéssemos uma região nossa sob proteção internacional", desabafou Jinan à AFP.
Com medo de represália e temendo pela sua segurança e a da sua família, depois do ocorrido, Jinan reencontrou seu marido e passou a viver em um campo de refugiados curdos no Curdistão iraquiano.
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