Autora conta como foi o processo de escrita da saga “Martim Lafayette”. Confira!
De Ciências Contábeis a Rádio, TV e Internet, Mandi Castro tem um currículo de peso quando o assunto é talento. Além das duas formações acadêmicas, Mandi também impressiona sendo atriz profissional, e pós graduada em Roteiro para Audiovisual. Tudo isso e muito mais em uma das mentes mais criativas da geração atual da literatura.
Autora do sucesso “Martim Lafayette e o Contra-Tempo”, a escritora consegue passar suas experiências criativas para as páginas, e mostra que sabe combinar momentos históricos com ficção sem sair do ponto. Enquanto no primeiro livro da saga Castro leva o leitor para uma viagem no tempo pela luta da independência do Brasil, no segundo, podemos acompanhar os grandes acontecimentos que marcaram a Semana de Arte Moderna de 1922.
Quem diria que um simples adolescente de São Paulo seria capaz de voltar no tempo usando um artefato mágico? Esse é Martim, que em meio à sua vida de estudante, vai se envolver em uma aventura nos tempos da independência do Brasil, em 1822. Ao lado de Estefânia, ambos lutarão contra Dom Pedro I e defenderão os povos indígenas. Enquanto isso, a dupla deve escapar do antigo guardião do tempo.
O livro chamou atenção da autora best-seller Mary Del Priore, que afirmou que a obra é uma ótima maneira de aprender sobre a história do Brasil, e é um thriller eletrizante. Em entrevista exclusiva para o site Aventuras na História, Mandi Castro reforça que o processo de escrita de “Martim Lafayette” foi positivo e gostoso de ler:
Foi um processo muito gostoso. Eu me envolvo muito com os personagens e com as situações que vou criando, e aos poucos eu estou submersa na obra de uma maneira intensa. Para começar eu tive que estabelecer qual seria a data histórica que eu falaria e qual seriam os acontecimentos que seriam retratados. Depois, eu criava uma situação na qual os personagens estariam nessa época e motivos para eles se relacionarem com as figuras históricas. Por fim, eu lia tudo. Se estivesse gostoso de ler, era porque eu estava no caminho certo.
A continuação de “Martim Lafayette” gira em torno de Nina, irmã gêmea do personagem. No livro, a mais nova viajante do tempo leva seu irmão para 1922, e além de continuarem a fugir do guardião do tempo, precisarão lidar com os perigosos Mestres do Tempo-Espaço.
No meio dessa aventura, Nina e Martim conhecem, pessoalmente, alguns dos personagens nacionais mais históricos em meio à Semana de Arte Moderna, visitando um momento importantíssimo para a cultura e arte brasileira. Em pouco mais de 190 páginas, o leitor se encontra com nomes como Anita Malfatti, Mário de Andrade, Di Cavalcanti e outros.
Mandi Castro também comentou sobre suas inspirações para trazer a Semana de Arte Moderna para sua obra:
Eu sempre achei o tema da Semana de Arte Moderna muito interessante e sabia que até hoje a semana tinha uma grande influência em nos artistas. Não foi uma decisão difícil quando escolhi essa passagem para ser o tema do 2° livro da trilogia.
Além de suas formações e talentos inimagináveis, Mandi, que atualmente trabalha com produção executiva em séries e filmes para Netflix, Disney+ e outras plataformas, também já ganhou importantes prêmios como “Melhor Autora”, “Melhor Romance de Época” e “Capa Mais Bonita” do Prêmio Brasil Entre Palavras.
Além disso, Castro aproveitou para nos contar um pouco mais sobre suas inspirações, objetivos e futuros projetos no mundo da literatura. Confira a entrevista:
Eu sempre tive alguns objetivos bem claros durante todo o meu processo de escrita e o principal, com certeza, foi a minha vontade de fazer com que os jovens se interessassem mais por história do Brasil. Ao construir uma narrativa ficcional que mescla eventos históricos brasileiros, senti que de alguma forma eu estava deixando os acontecimentos mais interessantes ou até mais dinâmicos do que uma leitura convencional.
Eu acredito que quanto mais a gente estuda, mais a gente possui conhecimentos para transbordar uma obra. Minha formação em contabilidade, por exemplo, me ajuda a me organizar, entender certos processos e até pode me me servir de conteúdo ao escrever um livro. Já meus conhecimentos de cinema me ajudam com minha criatividade e construção de personagens. Cada conhecimento é precioso, eu vou passar a minha vida inteira estudando.
Talvez eu seja suspeita para falar isso mas eu sou apaixonada por livros de ficção com um fundo histórico. Minha autora favorita é a Isabel Allende, que faz essa mescla maravilhosamente. Eu gosto muito de Dan Brown, Ken follett, Carl Sagan, Colleen Hoover. Cada um com seu gênero específico. Brasileiros eu gosto muito de Raphael Montes e Eduardo Spohr, Laurentino Gomes e Mary del Priory.
Ainda está em fase de desenvolvimento então se alguém tiver alguma sugestão de história ou época para o livro se passar, só me avisar! (risos)
Mas como vai ser a obra que vai fechar a trilogia, será bem impactante. Podemos esperar fortes emoções.
Esse ano vou publicar um livro de terror e mais para frente quero escrever um romance policial. Eu gosto de explorar vários temas para assim me decidir qual eu mais gosto de escrever. Por enquanto, ficção fantástica está ganhando!